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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







25 de nov. de 2014

CASAMENTO: QUANDO UM QUER, MAS O OUTRO NÃO QUER - PARTE 2


Escrevo há muitos anos e nos blogs escrevo há seis anos. Muitas publicações fizeram e fazem sucesso, porém há uma das minhas publicações que é recordista de acessos: “Casamento: quando um quer, mas o outro não quer" . http://www.divalativia.com/2011/10/casamento-quando-um-quer-mas-o-outro.html
Vou agora continuar o assunto, porque eu sei que muita gente sofre por conta desse desencontro de intenções amorosas. Ver o caminho de seus sonhos de amor bloqueado, limitado porque o par não tem a intenção de se casar, isso é uma bifurcação na estrada do relacionamento. Se você for em frente, terá que abrir mão do que deseja e não mais pensar em casamento. Se desistir do relacionamento, terá que enfrentar a dor da perda do ser amado e, talvez, ficar com aquele sabor amargo do “e se”. E se eu tivesse persistido? E se eu tivesse dado tempo ao tempo? E se eu tivesse sido mais tolerante com ele, com ela? Toda escolha, seja a de ir em frente, ou a de terminar o relacionamento, significa uma perda. Nada romântico não ter planos de futuro, especialmente depois de alguns anos de namoro. Ir em frente colocará sim em jogo o romantismo, que é fundamental para manter a chama acesa, para alimentar o amor. Tem graça se casar com alguém que é tão firme quanto uma bolinha de sabão?
Sei que, às vezes, as dúvidas acontecem porque o relacionamento ainda não amadureceu o bastante para que o casamento seja planejado, mas tem gente que está junto há dois, três, cinco anos, até mais tempo que isso e mesmo assim esses planos são frustrados porque o par não quer se casar. E aí? O que fazer? Muitos ficam tão sentidos, tristes, que pesquisam no Google o assunto, na ânsia de encontrar publicações que abordem esse tema. Um conforto, uma luz? Algumas pessoas chegam até aqui, no Diva Latívia, e se deparam com minhas publicações sobre o amor e seus desencontros. Entendo a imensa responsabilidade que é escrever para quem não conheço.
O que eu faria nessa situação, se eu namorasse alguém que depois de alguns anos não pensasse em se casar comigo? Eu terminaria o namoro! Mas não desejo isso pra ninguém, nem recomendo isso aos meus leitores. Terminaria sim, porque acredito muito naquele dizer: “quem não sabe o que quer, não merece o que tem”. Casamento, seja ele formal ou informal, é o caminho natural do relacionamento amoroso. A união de objetivos é essencial. Se um quer casar e o outro não quer casar, talvez exista amor, mas não existe a união de objetivos ( sem isso não pode haver casamento).
É uma tremenda frustração investir em um relacionamento sem parceria, sem planos, sem sonhos, sem futuro. Dizer na metade do segundo tempo que não quer se casar, isso é uma imensa falta de consideração com o par. Por isso, cara leitora, caro leitor, deixo aqui a minha opinião sobre a dor que o assola. Há muita gente no mundo, certamente alguém busca o mesmo que você. Ninguém é o sol da vida de ninguém e outras pessoas estão por aí, dispostas a ter um relacionamento feliz e duradouro, sem limitações. Mas, se você quiser continuar nesse relacionamento, saiba que a sabotagem emocional está presente e essa é a vilã do final de todas as histórias de “amor”, uma bomba que faz tic-tac e irá explodir um dia, talvez quando o casamento tiver alguns anos, quando você tiver filhos e tudo ficar muito mais difícil do que hoje, quando está namorando e pode sim escolher entre ir em frente, ou desistir de quem não sabe o que quer ao seu lado. Se ele, ou ela, disse que não quer se casar, leve isso a sério e tome uma atitude. Você pode esquecer a ideia de se casar, ou no futuro se casar com alguém que não sabe direito o que quer. 

Esta é a minha opinião e eu os convido à leitura da primeira publicação do tema.

8 de nov. de 2014

O TEMPO CORRE LIGEIRO

A bateria do meu relógio de pulso havia terminado. O relógio ali parado, algo que me causava mal estar, a sensação de que a energia ao meu redor estava paralisada e precisava, com urgência, voltar a fluir. Fui ao relojoeiro e troquei por uma bateria nova. A hora certa, os ponteirinhos  a girar e girar. Parecia que o controle do meu destino estava em meu pulso esquerdo, novamente eu era dona de minha vida. 
O tempo passou, vieram as festas de final de ano, depois as férias de verão, a volta ao trabalho, os feriados, finais de semana, todos os acontecimentos felizes e difíceis do ano. E as horas a rodar e rodar.
Outro dia, quando olhei para o relógio, os ponteiros estavam novamente parados. A bateria havia, mais uma vez, terminado. Indignada, voltei ao relojoeiro e reclamei: - Outro dia troquei essa bateria!
Foi assim que descobri que havia passado o tempo: um ano e dez meses se foram, sem que eu percebesse. Com o relógio a trabalhar, sentei-me à frente do notebook e cá estou a contar-lhes essa história. 
O tempo é maratonista, medalhista de ouro das olimpíadas da vida. Corre tão depressa que parece um vulto a passar. Nesses vinte e dois meses tanta coisa aconteceu, algumas coisas mudaram, outras deixaram de ser. Ficaram tantos planos de lado, coisas por fazer. Atire a primeira bateria de relógio quem nunca se assombrou com o tempo a voar. A vida passa sem a gente perceber, é preciso viver.