Lá estava ela: leve e colorida. Pousou em uma flor, depois
em outra, sobrevoou o canteiro de hortênsias e decolou novamente. As asas
delicadas espalharam tons de azul ao seu redor. Eis que parou em meu
ombro e cheguei a fechar os olhos e implorar em pensamento: - vá embora!
Arrisquei movimentar lenta e calmamente a cabeça para o
lado. Observei-a a poucos centímetros do
meu rosto. – Não sou flor! Vá procurar rosas! – Pude notar que as asas da
borboleta são quase transparentes. Suas patinhas parecem fiapinhos.
Segui caminhando pelo parque a levar comigo minha mais nova
amiga, que me deixou minutos depois e voou na direção do topo de uma árvore. Suave
companhia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário