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Acho simplesmente o máximo isso! Procurei imagens para ilustrar os textos que publico e deparei-me com a imagem que aqui está. Uma senhorita, quiçá uma senhora? Pendurada em um poleiro ou poste. É a tal da pole-dance, ou dança do poste. Uma marca famosa de isqueiro tem essa ilustração. Vou procurar, quero um igual. Bola, rebola, se enrosca... E não é que na academia de ginástica estava assim escrito: “Parabéns Professora Fulaninha, campeã nacional de Pole-Dance”. Campeã?
Pois acabo de lavar quatro máquinas de roupa suja. Claro, eu primeiro esfrego a roupa à mão. Sabão no colarinho das camisas dele, sabão com carinho nas minhas blusas de lã. Quantas calorias devo ter eliminado? Sei lá! E o que isso tem a ver com a dança do poleiro? Não sei! Apenas me senti ultrajada. Campeã de pole-dance? Durante anos a fio estive em aulas de ballet. Algo forçado, não via a menor graça naquilo. Quando pude impor minha vontade, larguei aquilo.
Feito muitas garotas da minha geração, eu achava divino assistir às chacretes rebolando na Buzina do Chacrinha. Já imaginaram uma garota de classe média alta, filhinha-de-papai, transformar-se em bailarina da Hora da Buzina? Impossível. E foi assim que suportei sapatilha, tutu, fru-fru. Meus irmãos praticavam judô. Inveja boa! Era tudo o que eu queria.
E todo esse meu blá-blá-blá é só pra lhes contar que hoje assisti a uma matéria na TV na qual um médico afirmava categoricamente que nós, mulheres, não temos o menor senso de direção. Disse que, se mostrar-nos o mapa mundi, seremos capazes de apontar o Leste no lugar do Oeste. Vontade de entrar pela tela da TV e dizer poucas e boas ao doutor. Comparou os humanos aos macacos. E... Macacos me mordam, já falei demais. A roupa está agora no varal, as camisas dele secando ao sol. E que importa meus diplomas, meu título de doutora? Lavar roupa é, pra mim, tal e qual lavar a alma. Curto e relaxo. Amélia Latívia atacou novamente ou... Finalmente! Sem poste, mas feliz da vida à beira de um tanque. É mole ou querem mais?
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
16 de out. de 2010
POLE-TANQUE
Acho simplesmente o máximo isso! Procurei imagens para ilustrar os textos que publico e deparei-me com a imagem que aqui está. Uma senhorita, quiçá uma senhora? Pendurada em um poleiro ou poste. É a tal da pole-dance, ou dança do poste. Uma marca famosa de isqueiro tem essa ilustração. Vou procurar, quero um igual. Bola, rebola, se enrosca... E não é que na academia de ginástica estava assim escrito: “Parabéns Professora Fulaninha, campeã nacional de Pole-Dance”. Campeã?
Pois acabo de lavar quatro máquinas de roupa suja. Claro, eu primeiro esfrego a roupa à mão. Sabão no colarinho das camisas dele, sabão com carinho nas minhas blusas de lã. Quantas calorias devo ter eliminado? Sei lá! E o que isso tem a ver com a dança do poleiro? Não sei! Apenas me senti ultrajada. Campeã de pole-dance? Durante anos a fio estive em aulas de ballet. Algo forçado, não via a menor graça naquilo. Quando pude impor minha vontade, larguei aquilo.
Feito muitas garotas da minha geração, eu achava divino assistir às chacretes rebolando na Buzina do Chacrinha. Já imaginaram uma garota de classe média alta, filhinha-de-papai, transformar-se em bailarina da Hora da Buzina? Impossível. E foi assim que suportei sapatilha, tutu, fru-fru. Meus irmãos praticavam judô. Inveja boa! Era tudo o que eu queria.
E todo esse meu blá-blá-blá é só pra lhes contar que hoje assisti a uma matéria na TV na qual um médico afirmava categoricamente que nós, mulheres, não temos o menor senso de direção. Disse que, se mostrar-nos o mapa mundi, seremos capazes de apontar o Leste no lugar do Oeste. Vontade de entrar pela tela da TV e dizer poucas e boas ao doutor. Comparou os humanos aos macacos. E... Macacos me mordam, já falei demais. A roupa está agora no varal, as camisas dele secando ao sol. E que importa meus diplomas, meu título de doutora? Lavar roupa é, pra mim, tal e qual lavar a alma. Curto e relaxo. Amélia Latívia atacou novamente ou... Finalmente! Sem poste, mas feliz da vida à beira de um tanque. É mole ou querem mais?
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