Tremenda falta de imaginação voltar ao mesmo tema. Hoje, de
novo, é domingo! A semana, nada inspiradora, devorou as horas. Tempo que é bom,
nada! Terça, quarta-feira, sei lá, voltei do trabalho mais cedo. Entrei em
casa, descalcei os sapatos, monologuei qualquer coisa a respeito da liberdade:
lar, doce lar! Notei que estava sem conexão da internet. Mexi, remexi, conectei
fios, desconectei da tomada, falei um palavrão, dois. Telefonei para a
prestadora do péssimo serviço de internet:
- Senhora, por favor desconecte o fio da tomada, conecte. Falei outro
palavrão. Ao menos eu já não estava monologando, era um diálogo. Pobre
atendente da péssima operadora de internet! Respondeu algo mais ou menos assim:
- Pois não, senhora.
Ser mandado para onde
o sol não bate e simplesmente agradecer? Isso derruba qualquer espírito
de porco. Nocauteada, restou-me pedir desculpa e agendar dia, horário para um
técnico da porcaria da operadora de internet vir ao meu lar, doce lar.
Um dia sem conexão. Deu de tudo um pouco: fissura, barato,
loucura, claustrofobia! Sim, claustrofobia! Descobri que minha casa tem quatro
paredes espremidas entre o chão e o teto. Longe do resto do mundo, feito
passarinho engaiolado. O mundo lá fora rodando ligeiro e eu incomunicável.
O tal do técnico, da tal da operadora pavorosa de internet, chegou ao meu apartamento munido de cara feia
e maleta preta. – Qual o problema, senhora?
Vontade de contar todos os meus problemas, a começar pela
sensação de asfixia e aquela tal “gana” de “esganar” alguém. Busquei em minhas entranhas algo melhor que um
pum, encontrei uma resposta meio civilizada: - Por favor, conserte!
Uma hora de mexe e remexe naquilo o que pra mim é mais
sagrado. Não, senhor, não, senhora! Ninguém mexeu no meu traseiro, nem adjacências!
O que há de mais sagrado é o meu computador! Um notebook já rodado, fora da
garantia e que nunca deu pau (amém). Sujeito folgado, não pediu licença para
adentrar em minhas configurações e etc. Meia hora engolindo puro fel. Minhas
garras estavam afiadas, eu era puro estresse.
- Pronto senhora, já está consertada a sua conexão da
internet!
Fiz o test drive. Nada melhor que beber com sede, comer com fome, dormir com sono e navegar na internet depois de um dia sem conexão.Aos poucos voltei à minha “normalidade”. Chequei e-mails, visitei o Facebook, respondi mensagens. Meu blog tinha alcançado 80 mil visitas, escrevi um texto breve e comemorativo. Leve e solta, do outro lado do mundo, sem paredes, sem limites. Asas cibernéticas acionadas na ponta dos meus dedos, palavras que giram por aí. Livre, enfim!
Fiz o test drive. Nada melhor que beber com sede, comer com fome, dormir com sono e navegar na internet depois de um dia sem conexão.Aos poucos voltei à minha “normalidade”. Chequei e-mails, visitei o Facebook, respondi mensagens. Meu blog tinha alcançado 80 mil visitas, escrevi um texto breve e comemorativo. Leve e solta, do outro lado do mundo, sem paredes, sem limites. Asas cibernéticas acionadas na ponta dos meus dedos, palavras que giram por aí. Livre, enfim!
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