Um amor, outro, outro... Outro!Grandes
amores?
Esse rodízio de homens e mulheres (esqueçam vacas e espetos)
passa a impressão de que um grande amor não foi vivido até então, ou de que um
grande amor foi vivido e fincou na alma, feito espinho encravado na pele, daqueles
que inflamam e dão tétano. Que dor!
A sede desesperadora para encontrar o grande amor da vida
afasta o grande amor da vida. Explico: táxi ocupado roda e permanece ocupado. A
melhor oportunidade para encontrar o grande amor da vida é permanecer sozinha,
ou sozinho. Acha difícil?
O grande amor não se procura, nem se acha, ele é descoberto
pouco a pouco e lado a lado. A parceria, a troca afetiva, o companheirismo
revelam aos poucos o grande amor da vida de alguém. O grande amor nasce em meio
ao cotidiano. Tudo o mais é estado de paixão, show pirotécnico belíssimo, com
luzes, sons, coisa de fazer o coração saltar pela boca. E depois? Fim! É só
varrer a sujeira e ir em frente. Acabou!
Quem encontra um grande amor, outro, outro e outro,
depara-se com a solidão. O vazio após o término de um relacionamento breve
causa imensa frustração. E lá vai novamente a criatura buscar seu grande amor
em outros braços e abraços.
Meu texto anterior sobre o e-mail que uma moça enviou ao
ex-namorado, com a ajuda desta autora, resultou em desapontamento. Ele não
respondeu e ela insistiu. Por fim, soube que ele tinha encontrado outro “grande
amor de sua vida”. Meu conselho foi que ela esperasse atenta, porém silente, seguisse aquele velho dizer a respeito da água mole em pedra dura: deixe estar, um dia
ele haverá de voltar.
O que eu penso a respeito desses amores rapidinhos? O grande
amor da vida de alguém está do outro lado do espelho. Vá ao espelho e se olhe.
Viu? Acorde! O grande amor de sua vida é VOCÊ!
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