Mulher é raiz profunda e forte da árvore da vida. Já notaram
que famílias bem estruturadas, quase sempre, tem sua base bem construída
sobre exemplos, lições e gestos de amor materno? Mãe! Avó! Tia! Irmã! Esposa!
Namorada! Amiga! Uma palavra, um afago e toda dor se abranda ao lado de uma boa
mulher. E o que é ser uma boa mulher? Uma boa mulher é aquela que cuida, zela,
protege o seu lar, a vida daqueles que ama, sem se furtar da sublime missão
feminina. Não falo a respeito da escolha sexual de cada uma, nada disso, nem
falo do estado civil, ou do fato de ter filhos, ou não tê-los, mas da diferença
que existe entre ter, ou não ter uma mulher em sua estrutura familiar, de ter
ou não ter sido abençoado pela dádiva de ter ao longo de sua vida uma mulher,
com todos os predicados de uma mulher. Mulher de verdade!
Nada frágeis, somos capazes de suportar a dor do parto, a
costumeira incompreensão masculina, de deixarmos de lado as aparências e sermos
os braços que abraçam, as mãos que afagam cabelos desalinhados, somos os ouvidos que
escutam um desabafo, os dedos que escrevem palavras reconfortantes. Uma boa
mulher agrega ao seu redor a família, os amigos. Ainda que a vida leve pra
longe a sua juventude, ainda que se veja momentaneamente sozinha, ainda que seus
filhos não tenham nascido de seu ventre, mas do seu amor ao próximo.
Conheci e conheço boas mulheres, fui criada por avó, tia e
mãe. Três boas mulheres a quem devo minha resiliência, a minha consciência
tranquila ao cumprir pequenas e grandes tarefas diárias.
Não é preciso ser escrava do espelho, ter dúzias de potes de
cremes faciais, maquiagem, roupas de grife. Não é preciso mudar-se para uma
academia de ginástica e ter o bumbum sarado, colocar silicone pra tudo quanto é
lado. Nada disso. A beleza feminina transcende a beleza física e é transmitida
em detalhes singelos, no sorriso, no olhar. Somos delicadas guerreiras capazes
de levar o mundo nas palmas de nossas mãos.
Essas tantas datas que inventaram! Creio que todos os dias
nascem sob medida para a celebração da vida. Porém, o Dia Internacional da
Mulher me faz pensar nas mulheres que vivem e, ocasionalmente, sofrem em nome
do amor a seus filhos, do amor à sua família. As dificuldades do dia a dia, a
ocasional falta de sorte no amor, os tantos golpes duros que enfrentam com toda
a dignidade ao longo do tempo. A tão falada dupla, tripla jornada, que envolve
a profissão que exercem, os cuidados com a casa, os estudos. Mulheres modernas! Adoráveis mulheres!
Uma boa mulher compreenderá tudo isso o que eu escrevi, afinal
somos todas Divas de alma. Parabéns, leitoras, pelo nosso dia.
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