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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







29 de abr. de 2014

AYRTON SENNA - SAUDADE, MUITA!

Há vinte anos, em 1994, segurei firme a mãozinha do meu filho, um menino de sete anos de idade, e alcançamos a pé a pista central da Avenida 23 de Maio, aqui em São Paulo. Ao nosso redor a multidão formada por tantos outros fãs do piloto Ayrton Senna, falecido em um trágico acidente no dia 1º de maio, no autódromo de Ímola, Itália.
A dor era profunda, havíamos perdido um grande amigo. Um amigo que visitava nossa casa aos domingos e, invariavelmente, nos acordava a tempo de recebê-lo em torno das 9 horas da manhã. Um amigo que, lado a lado, meu pequeno e eu, assistimos quando se acidentou. Ao vivo, impotentes. Em seguida o telefone da minha casa começou a tocar, era meu pai aos prantos. O acidente foi tão grave que, tomara, Ayrton não sofreu e nem se deu conta do fim.
Juntos, meu filho e eu, na Avenida 23 de Maio, assistimos a uma das cenas mais comoventes de nossas vidas. A multidão sentida, enlutada, silenciosa. O cortejo fúnebre aproximou-se lentamente, acompanhado da cavalaria. O único som que ouvíamos era dos cascos dos cavalos a estalar no asfalto da Avenida. São Paulo parou e calou-se. Respeito!
Meu menino acenou, um adeus inocente e sincero para aquele que fazia parte de nossas vidas. Não pude me conter, eu chorei abraçada ao meu pequeno.
Hoje, vinte anos mais tarde, quando levo flores ao túmulo de minha mãe observo o túmulo de Ayrton Senna sempre florido, homenagem de gente feito você, feito o meu garoto, feito eu, gente anônima. Sob uma árvore, no Cemitério do Morumbi, o corpo de Senna repousa.
Domingo triste, inesquecível. Acredito na continuidade da vida, acredito em anjos e creio que um deles usa um capacete com a bandeira do Brasil estampada e sorri de um jeito tímido, meio de lado. É Ayrton a cruzar a linha de chegada, entre estrelas e cometas.

Saudade, muita!

3 comentários:

Victor Manuel Ramalho disse...

Ayrton Senna forever!

Victor Manuel Ramalho disse...

E como está a Princesa de São Paulo?

Cláudia Cavalcanti disse...

Ayrton deixou muita saudade, assim sempre será!
Victor, cá estou na mesma São Paulo. Como deve ter notado, escrevo e escrevo sem parar.
Bjs