Ano novo. Outro ano. A maioria das pessoas diz a mesma coisa: 2015 passou muito depressa e o ano foi difícil para quem dá um duro danado todos os dias, a vida inteira, e agora se vê desempregado, ou com receio de perder o emprego. Ano que foi ruim para quem tem uma empresa e o negócio depende do bom andamento da economia do país. Está difícil para quem sempre pagou as contas em dia e é honesto. É revoltante tudo isso, para quem nunca sonegou impostos. Porém, é ano novo e, um dia depois do outro, a gente não desiste de trabalhar, de tentar honrar nossos compromissos.
Evito falar aqui de política, mas é vergonhoso, humilhante dedicar a vida inteira a uma profissão, estudar sempre, lutar pra valer para ter um teto, comida na mesa, educar os filhos com princípios morais que são opostos à imoralidade que assola o meio político de nosso Brasil e agora não saber o que vai acontecer amanhã, porque o nosso amanhã foi parar nos bolsos de gente que sequer gente é: são monstros! Monstros que colocaram em risco todo o nosso trabalho decente da vida toda. Monstros que colocaram em risco o futuro de nossa família.
Não me importa em quem você votou, aliás, talvez você nem seja brasileiro, brasileira. O que me importa muito é que, apesar dessa falta de vergonha dessa gente indigna de ser cidadã brasileira, nós faremos TUDO para reerguermos o nosso país. A começar por uma bela faxina nesses meandros políticos. E poderemos, um dia, acreditar que o nosso ano será novo, um ano tranquilo, sem medo de perdermos o emprego e sabermos que não faltará em nossas mesas o pão de cada dia.
Mesmo assim, eu lhes desejo feliz ano novo. 2016 não será fácil para quem vive neste país - está fácil apenas para quem depenou o país - mas nessa adversidade nos voltaremos mais para as coisas simples e belas, por exemplo: o pôr do sol, algo que ainda não foi roubado, afinal é difícil de carregar.
Cláudia
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