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Minhas férias já eram. De volta ao trabalho resta o consolo de saber que outras férias virão daqui a onze meses. Dia lindo lá fora. O sol deveria ser proibido de brilhar em dias úteis e horário comercial. De manhã tentei vestir aquele vestidinho vermelho, comportadinho e condizente com meu ambiente de trabalho. Praticamente entalou na altura do quadril. Engordei.
Impulsiva, comecei a provar minhas roupas de verão uma a uma, até encontrar algo parecido com um saco de batatas, bem largo, que disfarçou os 3 kg que faturei durante o cruzeiro de navio. Quando passei pela sala, Zezé, minha valiosa secretária, torceu o nariz e disse: - Dona Diva, esse vestido deixa a senhora enorme.
Foi o suficiente. Voltei pra frente do espelho e decidi assumir a fartura que incorporei nesta temporada. Roupa justinha, um tubinho que nada disfarça, mas que dentro de alguns dias – e dá-lhe saladinha – não causará tanto desconforto e muito menos os elogios da moçada ali da obra, na esquina de casa.
Devo ser masoquista. Quando vi a balança da farmácia não resisti. O ponteiro avançou, achei que por conta do monte de pulseiras e colares que estou usando. Uma espécie de strip-tease acompanhou a cena. Tirei as sandálias, as pulseiras, as correntes do pescoço e até mesmo os óculos de grau, quando preferi não mais ver a realidade.
Tudo culpa de Mr. Divo Latívio! Aqueles drinks coloridos, a costelinha de porco com batatas, pasteis, tortas e outros quitutes sensacionais que tão bem sabe preparar. Porém, quem aqui faz, aqui paga. Hoje eu o assisti voltar ao trabalho dentro de um terno apertadíssimo.
Termino esta crônica com uma imensa sensação de vazio existencial. Divo trabalhando, eu aqui enrolando ao invés de trabalhar e a fome é tanta que se eu pudesse comeria as letrinhas desta história.
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
26 de jan. de 2011
DIVA X BALANÇA
Minhas férias já eram. De volta ao trabalho resta o consolo de saber que outras férias virão daqui a onze meses. Dia lindo lá fora. O sol deveria ser proibido de brilhar em dias úteis e horário comercial. De manhã tentei vestir aquele vestidinho vermelho, comportadinho e condizente com meu ambiente de trabalho. Praticamente entalou na altura do quadril. Engordei.
Impulsiva, comecei a provar minhas roupas de verão uma a uma, até encontrar algo parecido com um saco de batatas, bem largo, que disfarçou os 3 kg que faturei durante o cruzeiro de navio. Quando passei pela sala, Zezé, minha valiosa secretária, torceu o nariz e disse: - Dona Diva, esse vestido deixa a senhora enorme.
Foi o suficiente. Voltei pra frente do espelho e decidi assumir a fartura que incorporei nesta temporada. Roupa justinha, um tubinho que nada disfarça, mas que dentro de alguns dias – e dá-lhe saladinha – não causará tanto desconforto e muito menos os elogios da moçada ali da obra, na esquina de casa.
Devo ser masoquista. Quando vi a balança da farmácia não resisti. O ponteiro avançou, achei que por conta do monte de pulseiras e colares que estou usando. Uma espécie de strip-tease acompanhou a cena. Tirei as sandálias, as pulseiras, as correntes do pescoço e até mesmo os óculos de grau, quando preferi não mais ver a realidade.
Tudo culpa de Mr. Divo Latívio! Aqueles drinks coloridos, a costelinha de porco com batatas, pasteis, tortas e outros quitutes sensacionais que tão bem sabe preparar. Porém, quem aqui faz, aqui paga. Hoje eu o assisti voltar ao trabalho dentro de um terno apertadíssimo.
Termino esta crônica com uma imensa sensação de vazio existencial. Divo trabalhando, eu aqui enrolando ao invés de trabalhar e a fome é tanta que se eu pudesse comeria as letrinhas desta história.
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2 comentários:
Apesar de concordar, neste caso, com o aqui se faz aqui se paga. Amiga, ninguém merece ir a um cruzeiro e se embriagar de chazinho + suco + água e devorar saladas, legumes e uma variedade de outros saudáveis, mas, sem muito prazer. Sinta-se apoiada pelo abuso, compreendida pelo pesar dos quilinhos, e incentivada para os dias de privação que se seguem. Toda mulher será solidária contigo porque todas nós vivemos neste mesmo processo.
Beijão
Obrigada pela força, Kellynha. Porém, Divo fica lindo mais redondinho. PS: Prefiro costelinha, pizza, quindim, delícias várias. Adoraria emagrecer fazendo uma dieta super calórica. Que pena que alface não tem sabor de chocolate...rsss
Beijo
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