Não sei definir com exatidão o que agora sinto. Falta luz, escrevo à luz de velas. A taça de vinho tinto reflete tons luminosos, as chamas tímidas se agitam levemente no ar. Um ballet. Não há silêncio, senão a calada da noite. Meu coração padece inquieto, preciso escrever, ou meu sentimento inexato transbordará de dentro de mim,, se derramará na penumbra da noite.
Tento encontrar em minha arritmia um indício, uma explicação para o meu desassossego. Você! Perco-me em lembranças remotas, mas tão recentes, um paradoxo atemporal. Dor, a dor de sua ausência, a mescla de saudade e impotência. Você! Seu perfume parece ter invadido cada linha, cada letra, todas as palavras. Você!
Tento me agarrar à recordação de instantes nossos, que pareceram imortais. Você! O amor que tranquei no peito, transformei em versos e exorcizei em textos. Minha alma na sua alma. Você!
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2 comentários:
Tem gente que se crava em nossa alma e não adianta não descola de perto do nosso coração. Faço força para lembrar de tudo, do porque te deixei mas a memória do amor tem filtros que só deixam permanentes as lembranças doces. Não é fácil amar assim... desavergonhadamente, como se tudo tivesse sido flores!
Cláudia Cavalcanti! Diva também? rs
Muito prazer! É... Os encontros e desencontros da vida, algo que nem sempre compreendemos, mas que acrescenta uma estrelinha a mais em nossa alma.
Obrigada pelo comentário, xará ( duplamente xará...rs).
Um beijo
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