-Tanta coisa pra dizer, por que não escreve sobre coisas
belas?
-A vida não é bela!
-Claro que é, lembra aquele filme?
-Tá louca? O filme conta uma história triste, sobre a
guerra!
-Ué, eu pensei que A Vida é Bela fosse a história daquele
cara dos filmes em preto-e-branco, aquele da bengalinha, o Carlitos!
-Charlie Chaplin. Não, A Vida é Bela não tem nada a ver com
ele.
-Por que você não escreve uma carta de amor, alguma coisa assim,
bem bonita?
-Carta de amor pra quem?
-Ah, pode ser de verdade, ou de mentira, não funciona tipo
assim?
-É sim, tipo assim.
E foi assim que resolvi escrever uma carta de amor, tipo
assim...
Não há, entre todas as palavras que já escrevi, entre todas
as palavras que já li, uma só palavra que possa definir o que sinto. Ganho e
perda, preto e branco e colorido, amor e amigo, perto e longe, ontem e hoje,
com e sem, vai e vem. Amor,
amor no mais bonito e harmonioso sentido.
Você, que em fração de segundo
me tira do trilho, me faz rir sozinha e rodopiar feito bailarina, descalça, sobre
o tapete. Que me faz chorar, feito
menina.
Se é verdade, ou mentira, o que importa é que esta mensagem seja
lançada ao mar, para que navegue até você e, então, o faz de conta acabe aqui.
-Gostou?
-Não entendi nada, quem é ele?
-Não era pra inventar, não foi você quem disse que poderia
ser de mentira?
-Com tanto sentimento? Mentira nada!
-Nisso que dá te ouvir. Vou imprimir e jogar no mar, tchau.
2 comentários:
Essa minha amiga escreve bem que é uma beleza!!! Rs
Bj
Débora,
Muito obrigada,também admiro sua arte e seu talento. Beijo.
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