A noite de outono estava fria. A serra, em noites de lua cheia,
faz graça e desenha um dos mais belos espetáculos da natureza. O brilho das estrelas contrasta com o negro do
infinito. A lua cheia desponta entre nuvens e parece tocar o topo das
montanhas. Cor cintilante enluarada.
Naquela noite o vento soprava friozinho, respirei fundo e mergulhei
nas minhas lembranças, flutuei em músicas que adoçaram momentos inesquecíveis,
em todo o romantismo que então me faltava. Um cenário perfeito para um beijo
perfeito, assim imaginei. A lua poderia ser uma discreta testemunha. Viajei nas
lembranças, senti em meu peito todo o querer bem aprisionado, contido.
Decidi me aquecer perto da lareira, eu e uma taça de vinho
tinto. A beleza do fogo a consumir a lenha, por fim esqueci do tempo, das horas e antes de
adormecer nos braços da saudade pedi à lua que levasse um sinal, um sentido, um
toque que o fizesse de mim recordar. Lua cheia redondinha, naquela noite eu o encontrei em sonhos e
dançamos ao luar. Lua cúmplice faceira, lua confidente mensageira.
4 comentários:
Lindo!!!!
Isis,
Há quanto tempo a comentarista oficial do Janela das Loucas não comentava um texto de Diva Latívia?!
Bem-vinda novamente!
Obrigada pelo comentário.
Beijo
Fazia tempo mesmo....
Saudade dos teus textos
Beijo
Meus textos voltarão!
Prometo!
Beijo
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