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Sou de uma família de são-paulinos, corre em minhas veias o sangue tricolor. Minha avó ouvia os jogos do São Paulo em um radinho de pilha, não perdia um só jogo, portanto trago lembranças divertidas e bonitas dessa torcida familiar.
Pouco entendo de futebol, sei quando é gol, às vezes acho que foi pênalti e não me perguntem jamais a escalação do meu time ou como está a situação dele no campeonato. Fico zangada quando alguém interessante me diz: "hoje não posso sair com você, tem jogo do meu time e vou assistir". Dá até raiva, sinceramente, porque eu também assisto, basta me convidar e prometo não fazer papelão.
Fui duas vezes ao estádio do Morumbi. A primeira vez fui com meu pai, assistimos São Paulo X Palmeiras. Eu tinha uns 12 anos na época. Não lembro o resultado, mas sentamos na numerada, comi cachorro-quente e estava frio. A segunda vez fui ao estádio assistir a um show do Queen em 1980, aí sim foi barra pesada. Chovia sem parar, tinha uns caras sentados atrás de nós na arquibancada fumando algo com um cheiro horrível e que me deixou enjoada. Cheguei em casa zoada e com febre. Enfim, nasci pra ser princesa.
Meu pai sempre me dizia: case-se um dia com quem você quiser, mas ele não poderá jamais ser corinthiano, isso eu não vou aceitar.
E foi exatamente o que eu fiz, casei com um corinthiano. Eles dois ficaram amigos. Em dias de confronto futebolístico eles tentavam superar a rivalidade em campo e torciam de maneira comedida.
Quando meu filho nasceu, o primeiro presente que ganhou foi bola de futebol oficial, chuteira e camisa do São Paulo Futebol Clube. Presentes do meu pai. Preciso dizer o resultado disso? Meu filho também é são-paulino.
Hoje eu estou divorciada. Diriam os corinthianos e são-paulinos que aquilo não poderia mesmo dar certo, mas eu jamais me importei com isso de time de futebol. Eu procurava era o tal do príncipe encantado, era novinha, acreditava em contos de fadas.
Hoje, beirando os 50 anos de idade, já sei que sapos são todos os mortais. Ninguém é perfeito. E quando alguém me diz que torce pro Corinthians minha lembrança viaja uns trinta anos no tempo. Bela torcida, de gente do povo, comuns feito eu. Que importância tem sermos de times adversários? O que vale é a festa!
Pensando bem, ser corinthiano tem seu encanto. Espero encontrar alguém que seja tão fiel a mim quanto aquela torcida é ao time. Tomara!
Este texto é pra quem é alvinegro e pra quem é tricolor. Sim, há mais times, mas isso fica pra outros textos que virão a seguir. Torço pela felicidade, isso não tem bandeira, nem time, só tem mesmo é torcida!
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
3 de mai. de 2010
FUTEBOL, PAIXÃO DIVINA!
Sou de uma família de são-paulinos, corre em minhas veias o sangue tricolor. Minha avó ouvia os jogos do São Paulo em um radinho de pilha, não perdia um só jogo, portanto trago lembranças divertidas e bonitas dessa torcida familiar.
Pouco entendo de futebol, sei quando é gol, às vezes acho que foi pênalti e não me perguntem jamais a escalação do meu time ou como está a situação dele no campeonato. Fico zangada quando alguém interessante me diz: "hoje não posso sair com você, tem jogo do meu time e vou assistir". Dá até raiva, sinceramente, porque eu também assisto, basta me convidar e prometo não fazer papelão.
Fui duas vezes ao estádio do Morumbi. A primeira vez fui com meu pai, assistimos São Paulo X Palmeiras. Eu tinha uns 12 anos na época. Não lembro o resultado, mas sentamos na numerada, comi cachorro-quente e estava frio. A segunda vez fui ao estádio assistir a um show do Queen em 1980, aí sim foi barra pesada. Chovia sem parar, tinha uns caras sentados atrás de nós na arquibancada fumando algo com um cheiro horrível e que me deixou enjoada. Cheguei em casa zoada e com febre. Enfim, nasci pra ser princesa.
Meu pai sempre me dizia: case-se um dia com quem você quiser, mas ele não poderá jamais ser corinthiano, isso eu não vou aceitar.
E foi exatamente o que eu fiz, casei com um corinthiano. Eles dois ficaram amigos. Em dias de confronto futebolístico eles tentavam superar a rivalidade em campo e torciam de maneira comedida.
Quando meu filho nasceu, o primeiro presente que ganhou foi bola de futebol oficial, chuteira e camisa do São Paulo Futebol Clube. Presentes do meu pai. Preciso dizer o resultado disso? Meu filho também é são-paulino.
Hoje eu estou divorciada. Diriam os corinthianos e são-paulinos que aquilo não poderia mesmo dar certo, mas eu jamais me importei com isso de time de futebol. Eu procurava era o tal do príncipe encantado, era novinha, acreditava em contos de fadas.
Hoje, beirando os 50 anos de idade, já sei que sapos são todos os mortais. Ninguém é perfeito. E quando alguém me diz que torce pro Corinthians minha lembrança viaja uns trinta anos no tempo. Bela torcida, de gente do povo, comuns feito eu. Que importância tem sermos de times adversários? O que vale é a festa!
Pensando bem, ser corinthiano tem seu encanto. Espero encontrar alguém que seja tão fiel a mim quanto aquela torcida é ao time. Tomara!
Este texto é pra quem é alvinegro e pra quem é tricolor. Sim, há mais times, mas isso fica pra outros textos que virão a seguir. Torço pela felicidade, isso não tem bandeira, nem time, só tem mesmo é torcida!
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