
Ela ajeitou outra vez os talheres, endireitou uma taça de vinho mais pra direita. Afastou-se um pouco, observou a mesa bem decorada. Escolheu a música suave, em tom baixinho.
Correu novamente pra diante do espelho, retocou o batom cor-de-rosa, passou os dedos nas mechas dos cabelos e suspirou fundo. Olhou pro relógio, 20h30. Foi até à cozinha, certificou-se de não ter esquecido algum detalhe.
Quando tocou o interfone e o porteiro do prédio avisou que ele havia chegado, o coração deu pulos de alegria. Caminhou até à porta e o recebeu com um sorriso de paixão vitoriosa.
Brindaram com vinho tinto, jantaram à luz de velas. À meia-luz admiraram o brilho do olhar um do outro, faíscas de felicidade iluminavam suas faces. Dançaram bem juntinhos, entre risos e beijos muitos. Da terra foram à lua, rodopiaram entre as estrelas e adormeceram em uma nuvem, abraçados.
Quando amanheceu, o sol raiou sorrindo, tocou a janela desejando-lhes bom dia. A brisa trouxe o aroma de café. Um sabiá cantou pra despertá-los. Abriram os olhos. Não haviam sonhado.
Não se despediram. Ao som de uma valsinha estão juntos até agora.
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