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Ai, que calor! Não aquele calor na bacurinha, cantado outrora por Maria Alcina. Calma, queridos leitores, bem sei que tenho quase a idade de Cleópatra, que vocês nem imaginam quem seja Maria Alcina e, talvez, estejam atribuindo esse meu calor, digno de um forno micro-ondas, ao climatério.
Pouco românticas as recentes noites paulistanas, dormir de conchinha é um feito heróico, digno de quem não vive longe do ser amado. Que atire a primeira pedrinha de gelo semi-derretida aquele que não sofreu com o calor!
Minha descendência germânico-cearense em nada colabora. Penso que a metade europeia protesta veementemente contra a temperatura elevada deste verão.
Há séculos as mulheres, vestidas com aquelas roupas rodadas, compridas e pesadíssimas, deveriam cozinhar ao vapor. Sabemos que banhos eram raros. Melhor não imaginar o odor. Abanavam-se com leques.
Diz a lenda que Cupido, deus do amor, babando por sua amada Psique, afanou uma asa de Zéfiro, deus do vento, para refrigerar o calor da garota. Nada melhor que uma abanadinha, foi assim que inventaram esse delicado abanador.
Hoje, ar condicionado, banhos diários, muito perfume, filtro solar e vestidinho leve, nem assim é possível enfrentar tamanho calorão! Eis que tive a ideia: um leque, esse tem sido meu jeito de amenizar a situação.
Termino o texto ao lado do ventilador. Ao meu lado, o leque, quedado silente, aguardando ansioso o seu momento de estrelato.
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
25 de fev. de 2011
AI, QUE CALOR!
Ai, que calor! Não aquele calor na bacurinha, cantado outrora por Maria Alcina. Calma, queridos leitores, bem sei que tenho quase a idade de Cleópatra, que vocês nem imaginam quem seja Maria Alcina e, talvez, estejam atribuindo esse meu calor, digno de um forno micro-ondas, ao climatério.
Pouco românticas as recentes noites paulistanas, dormir de conchinha é um feito heróico, digno de quem não vive longe do ser amado. Que atire a primeira pedrinha de gelo semi-derretida aquele que não sofreu com o calor!
Minha descendência germânico-cearense em nada colabora. Penso que a metade europeia protesta veementemente contra a temperatura elevada deste verão.
Há séculos as mulheres, vestidas com aquelas roupas rodadas, compridas e pesadíssimas, deveriam cozinhar ao vapor. Sabemos que banhos eram raros. Melhor não imaginar o odor. Abanavam-se com leques.
Diz a lenda que Cupido, deus do amor, babando por sua amada Psique, afanou uma asa de Zéfiro, deus do vento, para refrigerar o calor da garota. Nada melhor que uma abanadinha, foi assim que inventaram esse delicado abanador.
Hoje, ar condicionado, banhos diários, muito perfume, filtro solar e vestidinho leve, nem assim é possível enfrentar tamanho calorão! Eis que tive a ideia: um leque, esse tem sido meu jeito de amenizar a situação.
Termino o texto ao lado do ventilador. Ao meu lado, o leque, quedado silente, aguardando ansioso o seu momento de estrelato.
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