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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







10 de mai. de 2011

A CELEBRAÇÃO DO AMOR



Quanto tempo faz? Ele estava do outro lado da rua, parado na calçada. Quando desci a escadaria do prédio e caminhei na sua direção, pela primeira vez observei o seu olhar. Depressa tirei minhas conclusões: ele é doce, romântico e tímido. Tudo isso ao mesmo tempo!
Eu estava feliz, finalmente alguém parecido com o homem com quem eu tinha sonhado: jeito de bom moço, tranquilo, gestos calmos. Um cavalheiro que, ao abrir a porta do carro pra mim, reservava uma surpresa: um bouquet de flores do campo.
Não soube ao certo o que fazer, agradeci sem jeito. Pedi licença e voltei ao apartamento, deixei as flores sobre a mesa da cozinha. Quando voltei ao andar térreo o porteiro não se conteve: - Ganhou flores, né? Quem deu foi ele? E apontou na direção do carro estacionado a poucos metros do portão.
Fomos a um barzinho. A prosa estava tão boa que não notamos o tempo passar. Não lembro ao certo, acho que foram 8 horas sentados à mesa. O garçom praticamente nos pediu que fôssemos embora, ofereceu o último drink, avisou que o bar iria fechar. Quando nos levantamos pra ir embora, eu me senti vitoriosa. Tanto tempo procurando e lá estava o homem dos meus sonhos. Disfarcei o contentamento do jeito que pude.
Fui conduzida de volta à minha casa. Observei seu olhar esticado pro meu prédio. Não, eu não o convidei pra subir. O que ele pensaria de mim, afinal? A despedida foi um abraço e um beijo no rosto. Não sabia dizer se voltaríamos a nos encontrar, ainda observei seu carro sumir na curva à direita.
Esse foi o nosso primeiro encontro, quando fui convidada para sairmos juntos. Quanto tempo faz? Perdi as contas. Faz tanto tempo que não sei mais soletrar a palavra solidão. Ainda hoje conversamos sem perceber a passagem das horas. De vez em quando ele traz flores pra mim, mas guardei uma daquelas primeiras flores dentro de uma caixinha. Uma recordação bonita, um momento inesquecível.
Ser namorado é estado de alma. Não importa se está casado, se mora junto, se o relacionamento é novo ou antigo. Ser namorado é ter um compromisso com o próprio coração.
Há quanto tempo... Cegos que fomos, voltamos a enxergar e nos vimos, finalmente!

Vivo feliz ao seu lado. Vivo novamente. O sonho virou semente, enraizou-se a agora floriu. Vejo meu sorriso no brilho dos seus olhos. Pode ver-se nos olhos meus? Um amor tão grande que coube certinho dentro de dois corações. Nós dois, feitos sob medida um pro outro. Sente o quanto estou feliz? Com você tudo mudou. Meu sorriso se casou com o seu olhar e nós dois fomos os convidados. Que festa se tornou a vida! Quanta vida ganhou a vida!





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