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Quanto tempo faz? Ele estava do outro lado da rua, parado na calçada. Quando desci a escadaria do prédio e caminhei na sua direção, pela primeira vez observei o seu olhar. Depressa tirei minhas conclusões: ele é doce, romântico e tímido. Tudo isso ao mesmo tempo!
Eu estava feliz, finalmente alguém parecido com o homem com quem eu tinha sonhado: jeito de bom moço, tranquilo, gestos calmos. Um cavalheiro que, ao abrir a porta do carro pra mim, reservava uma surpresa: um bouquet de flores do campo.
Não soube ao certo o que fazer, agradeci sem jeito. Pedi licença e voltei ao apartamento, deixei as flores sobre a mesa da cozinha. Quando voltei ao andar térreo o porteiro não se conteve: - Ganhou flores, né? Quem deu foi ele? E apontou na direção do carro estacionado a poucos metros do portão.
Fomos a um barzinho. A prosa estava tão boa que não notamos o tempo passar. Não lembro ao certo, acho que foram 8 horas sentados à mesa. O garçom praticamente nos pediu que fôssemos embora, ofereceu o último drink, avisou que o bar iria fechar. Quando nos levantamos pra ir embora, eu me senti vitoriosa. Tanto tempo procurando e lá estava o homem dos meus sonhos. Disfarcei o contentamento do jeito que pude.
Fui conduzida de volta à minha casa. Observei seu olhar esticado pro meu prédio. Não, eu não o convidei pra subir. O que ele pensaria de mim, afinal? A despedida foi um abraço e um beijo no rosto. Não sabia dizer se voltaríamos a nos encontrar, ainda observei seu carro sumir na curva à direita.
Esse foi o nosso primeiro encontro, quando fui convidada para sairmos juntos. Quanto tempo faz? Perdi as contas. Faz tanto tempo que não sei mais soletrar a palavra solidão. Ainda hoje conversamos sem perceber a passagem das horas. De vez em quando ele traz flores pra mim, mas guardei uma daquelas primeiras flores dentro de uma caixinha. Uma recordação bonita, um momento inesquecível.
Ser namorado é estado de alma. Não importa se está casado, se mora junto, se o relacionamento é novo ou antigo. Ser namorado é ter um compromisso com o próprio coração.
Há quanto tempo... Cegos que fomos, voltamos a enxergar e nos vimos, finalmente!
Vivo feliz ao seu lado. Vivo novamente. O sonho virou semente, enraizou-se a agora floriu. Vejo meu sorriso no brilho dos seus olhos. Pode ver-se nos olhos meus? Um amor tão grande que coube certinho dentro de dois corações. Nós dois, feitos sob medida um pro outro. Sente o quanto estou feliz? Com você tudo mudou. Meu sorriso se casou com o seu olhar e nós dois fomos os convidados. Que festa se tornou a vida! Quanta vida ganhou a vida!
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
10 de mai. de 2011
A CELEBRAÇÃO DO AMOR
Quanto tempo faz? Ele estava do outro lado da rua, parado na calçada. Quando desci a escadaria do prédio e caminhei na sua direção, pela primeira vez observei o seu olhar. Depressa tirei minhas conclusões: ele é doce, romântico e tímido. Tudo isso ao mesmo tempo!
Eu estava feliz, finalmente alguém parecido com o homem com quem eu tinha sonhado: jeito de bom moço, tranquilo, gestos calmos. Um cavalheiro que, ao abrir a porta do carro pra mim, reservava uma surpresa: um bouquet de flores do campo.
Não soube ao certo o que fazer, agradeci sem jeito. Pedi licença e voltei ao apartamento, deixei as flores sobre a mesa da cozinha. Quando voltei ao andar térreo o porteiro não se conteve: - Ganhou flores, né? Quem deu foi ele? E apontou na direção do carro estacionado a poucos metros do portão.
Fomos a um barzinho. A prosa estava tão boa que não notamos o tempo passar. Não lembro ao certo, acho que foram 8 horas sentados à mesa. O garçom praticamente nos pediu que fôssemos embora, ofereceu o último drink, avisou que o bar iria fechar. Quando nos levantamos pra ir embora, eu me senti vitoriosa. Tanto tempo procurando e lá estava o homem dos meus sonhos. Disfarcei o contentamento do jeito que pude.
Fui conduzida de volta à minha casa. Observei seu olhar esticado pro meu prédio. Não, eu não o convidei pra subir. O que ele pensaria de mim, afinal? A despedida foi um abraço e um beijo no rosto. Não sabia dizer se voltaríamos a nos encontrar, ainda observei seu carro sumir na curva à direita.
Esse foi o nosso primeiro encontro, quando fui convidada para sairmos juntos. Quanto tempo faz? Perdi as contas. Faz tanto tempo que não sei mais soletrar a palavra solidão. Ainda hoje conversamos sem perceber a passagem das horas. De vez em quando ele traz flores pra mim, mas guardei uma daquelas primeiras flores dentro de uma caixinha. Uma recordação bonita, um momento inesquecível.
Ser namorado é estado de alma. Não importa se está casado, se mora junto, se o relacionamento é novo ou antigo. Ser namorado é ter um compromisso com o próprio coração.
Há quanto tempo... Cegos que fomos, voltamos a enxergar e nos vimos, finalmente!
Vivo feliz ao seu lado. Vivo novamente. O sonho virou semente, enraizou-se a agora floriu. Vejo meu sorriso no brilho dos seus olhos. Pode ver-se nos olhos meus? Um amor tão grande que coube certinho dentro de dois corações. Nós dois, feitos sob medida um pro outro. Sente o quanto estou feliz? Com você tudo mudou. Meu sorriso se casou com o seu olhar e nós dois fomos os convidados. Que festa se tornou a vida! Quanta vida ganhou a vida!
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