
Ah, sua danada! Isso lá é hora de me chamar?
E foi assim que corri pro notebook, antes que ela fugisse novamente e me deixasse literalmente sem saber pra que lado ir, o que digitar neste teclado minúsculo.
Inspiração. É um sopro, um vento que refresca e apazigua meu espírito. Passa ligeira, sem deixar rastros, senão as sementes que lança adiante, em forma de textos que publico em instantes.
Ela se insinua,me provoca e rapidamente se esconde. Brinca com minhas lembranças, sugere exatamente o oposto daquilo o que eu pretendia. Toca a tristeza, mostra a graça e faz versos ao invés de prosa.
Onde nascem os personagens? Não sei dizer de onde tirei aquelas ideias todas! Tento agarrá-la do jeito que posso, prendê-la entre linhas. Palavras jorram feito um temporal para,em seguida, estiarem.
Não respeita dia, nem hora. Ela me acorda de madrugada. Para segurá-la escrevo em pedacinho de qualquer papel, em guardanapo de restaurante, já rabisquei frases com lápis de pintar os olhos e batom também. Ela acaba com a minha maquiagem quando choro e tudo se desfaz.
Traz a infância, abraça as lembranças, faz doce ou amargo o final de cada história. Tento terminar o texto mas, sem pedir licença, ela vai dormir novamente. E eu aqui, acordada e com as letrinhas nas pontas dos dedos. Improviso.
A inspiração é voluntariosa, me atiça e vai embora. Ah, sua fujona!
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