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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







10 de fev. de 2012

ESSA TAL FELICIDADE


Tratados filosóficos, dogmas religiosos, amores e dores. Nada consegue explicar o que, afinal de contas, seja a tal “felicidade”. Para alguns, reside no amor ao próximo. Para outros, no amor materno, paterno. Há quem diga que ser feliz é ter um par romântico. Uma propaganda veiculada na TV há muitos anos atrás, dizia que dinheiro não compra felicidade, manda buscá-la. Creio que é impossível sentir-se plenamente feliz, a não ser que as aspirações sejam extremamente simples.
Parecem ser mais felizes aqueles que aproveitam a vida sem muitos planos, “curtindo” a família, os amigos, colhendo os frutos do trabalho sem muita ambição. Você sabe em qual fase está a lua hoje? Quais são as frutas da estação? O nome daquela árvore perto da sua casa, qual é? Eis coisas simples, ao nosso alcance, entregues pela vida sem qualquer ônus, mas que nem sempre aproveitamos.
É feliz quem atravessa a cidade em meio ao trânsito, diariamente, com as janelas fechadas para não ser assaltado? É feliz quem leva horas para chegar ao trabalho diariamente, horas que não voltarão jamais? E quem não reconhece o amor que lhe é oferecido, pode ser feliz? Não aproveita o crescimento dos filhos, não se deixa levar pela paixão, não ri de si mesmo? A vida foi feita pra gente dançar descalço. A vida foi feita pra gente tomar sorvete e lamber os dedos. A vida foi feita pra gente trabalhar naquilo o que mais gosta de fazer. Somos responsáveis pela nossa felicidade, pelo jogo de cintura em momentos ruins, pela volta por cima quando tudo parece ir mal, muito mal.
Estava sentada à mesa do café da manhã, na sala que sempre quis ter, no apartamento dos meus sonhos. Uma pontinha de infelicidade me invadiu. Humana e eternamente insatisfeita. Sempre falta algo, alguém, de alguma forma, para justificar o descontentamento. E ser feliz, mais e mais, é algo do momento. Feliz hoje, agora, com ou sem motivo. Feliz por estar vivo. Com ou sem dinheiro, com ou sem um par, estando as metas atingidas ou não. O que nos mantém vivos é sonhar e tentar realizar sonhos. Tudo o mais é vegetar. Ainda que o mundo vire do avesso, ser feliz ou infeliz é questão de escolha. Eu escolho ser feliz. E você?

4 comentários:

Lumont disse...

Cláudia, cada um sente-se feliz à sua maneira.
Para alguns ter um pouco de pão ou um prato de sopa para dar de comer aos filhos já é razão mais que suficiente para serem felizes.
A grande diferença, penso, é que aqueles que já tiveram "tudo" sentir-se-ão mais infelizes;
pior será os que continuam a ter "tudo", serem infelizes e uns eternos insatisfeitos...

Cláudia Cavalcanti disse...

Luís,

Feliz é quem sabe que a felicidade está nas coisas simples, quem encontra dentro de si a alegria de viver.
Obrigada pelo seu comentário!
Um beijo

Anônimo disse...

Diva,como todos os seres humanos,vc tem seus dias mais e menos felizes.Faz parte!Sou sua leitora como do Blog do seu irmão Flavio,mas desde dezembro ele não posta nada.Ele está bem???Bjs

Alice

Cláudia Cavalcanti disse...

Alice,

Corremos atrás da felicidade, mas ela está dentro da gente!
Leitora do blog do Flávio? Ah, então você é uma das minhas leitoras preferidas! Bem-vinda sempre!
Ele está bem, um bravo guerreiro que enfrenta o câncer sem jamais desanimar. O tratamento é longo, a recuperação um desafio. Porém, ele tem dom de emocionar cada um de nós com sua fé, sua força. Também acho que ele deveria publicar mais textos, mas entendo que um blog, feito um filho, é amado, mas dá trabalho. Em breve ele voltará a escrever aqueles textos tão deliciosos quanto o tema que aborda, a gastronomia.
Escreva pra ele, tenho certeza que será um bom estímulo pra ele voltar a publicar no blog.
Um beijo,
Cláudia