Meu passatempo favorito é consultar o Dr. Google e pesquisar assuntos ligados aos relacionamentos. Digitei lá: “amor à primeira vista”. Surgiram aproximadamente 460.000 resultados. Comecei a ler. Poesias, músicas, relatos e reportagens. Parei em algo muito interessante: paixão causa a alteração dos níveis hormonais. A testosterona aumenta nas mulheres e diminui nos homens. Não é à toa que a mulherada fica mais ousada e os homens se derretem. Eis a explicação!
Assisti a um vídeo sobre o monumento erguido ao amor: Taj Mahal, na Índia. Pra quem não sabe, um príncipe mandou construir o templo pra sua esposa falecida. Belíssimo!
Segui adiante na leitura de artigos sobre o amor. Nada contra qualquer profissão que comece com a palavra “psico”, porém tanto teorizam os sentimentos que lá estava: friozinho na barriga, mãos geladas, trata-se de “ansiedade sentimental”. Pensei: esse quis ser mais esperto que o cupido, tentou explicar aquilo o que somente os poetas explicaram.
Deixei pra lá e encontrei outra coisa interessante. Andaram cronometrando quanto tempo dura a paixão. Diz ali que entre 18 e 30 meses. E depois? Ah, depois vem a vara de família. Ou então, com sorte e boa vontade de ambas as partes, a paixão terá conduzido a dupla a algo grandioso: o amor! Diz também o artigo que, pra que o relacionamento não morra na praia, é preciso que o casal reconheça as próprias carências, supere aquela coisa de idealizar o parceiro, enxergar nele ou nela somente aquilo o que gostaria de ver. Ou vê o que é, aceita o que viu, ou vai tudo por água abaixo. Enxergar e amar requer admitir que você não é perfeito e seu alvo amado também não é. Uma ajuda mútua pra melhorar o que há em si.
Portanto, não existe amor à primeira vista. O que existe é paixão à primeira vista. E tem coisa melhor? Que delícia ter os hormônios alterados assim! Acho que tem gente que fica viciada em paixão, quando os hormônios voltam ao normal parte logo pra outro alguém. Esses jamais aprofundam um relacionamento.
Li sobre o ciúme, a possessividade, os crimes passionais. Quanta gente amargurada pedindo ajuda! Há sites destinados a aconselhamento sentimental. Coisas do tipo: meu namorado me deixou, estou desesperada, me ajude!
Concluí o seguinte: o que vale mesmo é aproveitar o momento e viver a paixão com alegria. Aproveitar! Vai passar? Claro que vai, mas poderá se transformar em um relacionamento feliz, com muita cumplicidade, descobertas e auxílio mútuo. E quem garante que o casal não irá se reapaixonar várias vezes?
Terminei a pesquisa lendo uma poesia de Florbela Espanca, Fanatismo. Há a música cantada por Fagner, deixei aqui pra você que leu meu texto. Apaixone-se, estar com a testosterona acima ou abaixo do nível normal tem sabor de VIDA!
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2 comentários:
Querida Diva, concluo que sua pesquisa não deve ter sido nada simples, de tantas versões sobre o tema. De qualquer forma, a síntese que fez é de grande sensibilidade, pois que os pontos principais estão bem expostos. Por princípio sempre escolhi dizer que a paixão é burra, inconsequente. Mas sem ela, como começar ou seguir adiante?...tentar é sempre o que nos resta... amar é a recompensa de atitudes mal pensadas e precipitadas. Se conseguirmos dar esse tempo à burrice.. nos tornaremos seres mais evoluidos.. quem sabe?
Não acho que a paixão seja burra. As pessoas sim, às vezes, são um tanto burrinhas.
O processo de amadurecimento de cada um de nós é muito enriquecido com os relacionamentos amorosos. Pra ser feliz não existe fórmula mágica. Acredito - por experiência própria - que amar é desejar a outrem a felicidade. Sem egoísmo.
Obrigada pelo seu comentário, "Pedro Castelos".
Beijo
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