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Estava sentada com meu notebook no colo. Minha intenção era a de escrever um texto, falando da minha revolta. Essa coisa de Facebook, Orkut, MSN e toda essa parafernália virtual está cansando a minha beleza ultimamente. Sem a menor vontade de fazer bonito socialmente, não mais tenho vontade de papear com os amigos, senão pessoalmente. Estava escolhendo palavras para começar a história quando ela falou comigo.
- Oi, Cláu, como vai a minha autora?
Fiquei admirada. Diva Latívia estava online!
- Oi, Diva! Há quanto tempo, garota! Trouxe alguma boa história para contarmos no blog?
- Sai dessa, Cláu. Hoje não estou com a menor vontade de escrever.
- Então, com licença. Preciso escrever sobre meu saco cheio do Facebook.
- O Facecoisa?
- Isso mesmo.
- Hã... Sei... Brigou de novo com o namorado por causa da internet?
- Não seja bisbilhoteira, Diva!
- Agora tenho certeza, brigou. E brigou por causa do Facecoisa!
- Diva, você está atrapalhando o meu raciocínio!
- Sem querer provocá-la, cara autora, mas você não raciocina quando o assunto é o seu relacionamento.
- Psssssiiiuuuuu! Fique quietinha, estou escrevendo!
- Cláu, escreva aí: o namorado ideal deveria somente saber usar aquelas planilhas do Excel, jamais usar a internet. O namorado ideal não deveria ter amigos de cerveja, nem amigos virtuais e muito menos estar cadastrado no Facecoisa. Que tal isso, gostou?
- Diva, ele vai ler isso tudo e quem vai se ferrar sou eu!
- Não senhora, quem vai se ferrar sou eu, Diva Latívia, afinal você assina meu nome nesses textos.
- Acho que vou desligar o computador.
- Não! Espera!
- Diga, Diva.
- Ele tá paquerando no Facecoisa, é?
- Não sei, Diva. Ele mexeu em algo na configuração do Facebook, só posso ver que ele existe, mas não posso ler o seu mural, nem mais ver sua lista de amigos.
- Péssimo isso. Você, minha autora, suspeite que possa existir alguma vaca pastando no Facecoisa dele.
- Diva, acho que mudei de ideia. Vou escrever sobre o outono.
- Tá fugindo da raia, hein Cláu?
- Vou escrever sobre as folhas secas que cobrem o chão, tal e qual um manto dourado. O que acha, Diva?
- Poético e piegas. Melhor descer o pau no Facecoisa do Divo.
- Mas, se eu descer o pau, depois vou ter que voltar ao blog e escrever sobre fidelidade, poesias dramáticas, falar do quando dói uma saudade. E você assinará ao final. Não será então melhor eu falar do outono?
- Pensando bem, fale do outono. Mas, não fale de tapete dourado. Fale de outras coisas, por exemplo conte como é essa gripe filha da mãe que você apanhou no último dia das suas férias.
- Pensarei no assunto. Agora, com licença, vou continuar meu texto.
- Sem reclamar do Facecoisa? Eu adoraria ver o circo pegar fogo!
- Sem reclamar.
- Cláu, você não é mais a mesma!
- Vivendo e aprendendo, Diva.
- Beijo, Cláu. Tô indo.
- Beijo, Diva Latívia. Tchau!
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
23 de mar. de 2011
DOIS DEDINHOS DE PROSA COM DIVA LATÍVIA
Estava sentada com meu notebook no colo. Minha intenção era a de escrever um texto, falando da minha revolta. Essa coisa de Facebook, Orkut, MSN e toda essa parafernália virtual está cansando a minha beleza ultimamente. Sem a menor vontade de fazer bonito socialmente, não mais tenho vontade de papear com os amigos, senão pessoalmente. Estava escolhendo palavras para começar a história quando ela falou comigo.
- Oi, Cláu, como vai a minha autora?
Fiquei admirada. Diva Latívia estava online!
- Oi, Diva! Há quanto tempo, garota! Trouxe alguma boa história para contarmos no blog?
- Sai dessa, Cláu. Hoje não estou com a menor vontade de escrever.
- Então, com licença. Preciso escrever sobre meu saco cheio do Facebook.
- O Facecoisa?
- Isso mesmo.
- Hã... Sei... Brigou de novo com o namorado por causa da internet?
- Não seja bisbilhoteira, Diva!
- Agora tenho certeza, brigou. E brigou por causa do Facecoisa!
- Diva, você está atrapalhando o meu raciocínio!
- Sem querer provocá-la, cara autora, mas você não raciocina quando o assunto é o seu relacionamento.
- Psssssiiiuuuuu! Fique quietinha, estou escrevendo!
- Cláu, escreva aí: o namorado ideal deveria somente saber usar aquelas planilhas do Excel, jamais usar a internet. O namorado ideal não deveria ter amigos de cerveja, nem amigos virtuais e muito menos estar cadastrado no Facecoisa. Que tal isso, gostou?
- Diva, ele vai ler isso tudo e quem vai se ferrar sou eu!
- Não senhora, quem vai se ferrar sou eu, Diva Latívia, afinal você assina meu nome nesses textos.
- Acho que vou desligar o computador.
- Não! Espera!
- Diga, Diva.
- Ele tá paquerando no Facecoisa, é?
- Não sei, Diva. Ele mexeu em algo na configuração do Facebook, só posso ver que ele existe, mas não posso ler o seu mural, nem mais ver sua lista de amigos.
- Péssimo isso. Você, minha autora, suspeite que possa existir alguma vaca pastando no Facecoisa dele.
- Diva, acho que mudei de ideia. Vou escrever sobre o outono.
- Tá fugindo da raia, hein Cláu?
- Vou escrever sobre as folhas secas que cobrem o chão, tal e qual um manto dourado. O que acha, Diva?
- Poético e piegas. Melhor descer o pau no Facecoisa do Divo.
- Mas, se eu descer o pau, depois vou ter que voltar ao blog e escrever sobre fidelidade, poesias dramáticas, falar do quando dói uma saudade. E você assinará ao final. Não será então melhor eu falar do outono?
- Pensando bem, fale do outono. Mas, não fale de tapete dourado. Fale de outras coisas, por exemplo conte como é essa gripe filha da mãe que você apanhou no último dia das suas férias.
- Pensarei no assunto. Agora, com licença, vou continuar meu texto.
- Sem reclamar do Facecoisa? Eu adoraria ver o circo pegar fogo!
- Sem reclamar.
- Cláu, você não é mais a mesma!
- Vivendo e aprendendo, Diva.
- Beijo, Cláu. Tô indo.
- Beijo, Diva Latívia. Tchau!
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