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Dizem que a dor mais dolorida de todas é a dor do coração. Essa, páreo pra dor de cotovelo, não encontra alento em palavras amigas, noites mal dormidas, trabalho ou outras ocupações pra ajudar a empurrar o tempo adiante. E sim, só o tempo consegue amenizar o peso enorme que é esse vazio de não mais ter ao lado alguém que era, ou é tão amado.
Não creio que atirar-se em outros braços, ir viajar, sair com os amigos ou acabar-se de tanto malhar na academia seja o ideal. Isso não mudará o rumo da história. Penso que, a cada relacionamento findo, seja necessário um período de isolamento e reflexão. Fechar-se para balanço. É aquela coisa do: onde foi que eu errei? Aliás, o erro é duplo, onde há duas pessoas esqueça a tolice de achar-se a vítima e atribuir ao seu ex-par o título de vilã ou vilão. Meio a meio, uma conta justa.
É preciso encerrar o ciclo do relacionamento anterior antes de sequer imaginar-se em mais outro relacionamento. Não é justo com um novo alguém, que pode chegar preparado pra relacionar-se, assistir às cenas de uma separação, às mágoas estampadas em um olhar, às situações muitas que acontecem ao redor do fim de um namoro ou casamento. Muitos erram ao atropelar o tempo, sair de um casamento direto pra um namoro. Isso, muito possivelmente, destruirá a base desse novo amor, que deveria ser protegido em uma espécie de redoma de vidro. É o mesmo que atirar pedras em uma plantinha que mal despontou da terra.
O dia ficou esquisito, quase tão esquisito quanto a primeira noite longe de Divo Latívio. A sensação é de que os segundos estão dobrados, as horas não passam. De férias, já arrumei papéis, troquei o cartucho de tinta da impressora, encontrei blusas de lã no fundo do guarda-roupa e decidi lavá-las. Reguei plantas, paguei contas no banco, fiz limpeza de pele, conversei com uma amiga. E as horas deste dia não passam. Algo mudou, tudo mudou.
Não sabemos por que acontecem esses episódios em nossas vidas. O sonho de ter um par, a paixão, o amor, a esperança de ter com quem dividir os dias e o resto da vida, isso tudo pode acabar com uma discussão, com traumas de ambos, medos, insegurança e também com a falta da reflexão ao encerrar o relacionamento anterior, aquilo o que escrevi sobre o ciclo.
Não creio que tão cedo eu sequer pense em ter um novo amor, até porque estou voltada hoje pra minha família e, pouco a pouco, reaprendendo a estar sozinha sem ser solitária. Um bom aprendizado esse.
Vez ou outra, olho pela janela do meu quarto. Uma vista rara da cidade de São Paulo, posso mirar o horizonte sem muitos edifícios à frente do céu. Saudade de quando eu era criança e meu maior sonho era crescer e ser parecida com a Barbie. Cresci, não me pareço com a Barbie, mas construí uma vida sólida, cercada de pessoas que amo. Criei um filho, tenho uma carreira longa na área jurídica e atribuo tudo isso a Deus, que jamais me abandonou.
Os amores chegam e vão embora. Nem sempre deve ser assim, afinal toda panela tem a sua tampa. Um dia, quem sabe, eu encontre a minha. E você, que leu isso tudo, talvez tenha compreendido o quanto estou triste, mas a superação fala mais alto sempre!
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
10 de mar. de 2011
QUANDO O RELACIONAMENTO ACABA
Dizem que a dor mais dolorida de todas é a dor do coração. Essa, páreo pra dor de cotovelo, não encontra alento em palavras amigas, noites mal dormidas, trabalho ou outras ocupações pra ajudar a empurrar o tempo adiante. E sim, só o tempo consegue amenizar o peso enorme que é esse vazio de não mais ter ao lado alguém que era, ou é tão amado.
Não creio que atirar-se em outros braços, ir viajar, sair com os amigos ou acabar-se de tanto malhar na academia seja o ideal. Isso não mudará o rumo da história. Penso que, a cada relacionamento findo, seja necessário um período de isolamento e reflexão. Fechar-se para balanço. É aquela coisa do: onde foi que eu errei? Aliás, o erro é duplo, onde há duas pessoas esqueça a tolice de achar-se a vítima e atribuir ao seu ex-par o título de vilã ou vilão. Meio a meio, uma conta justa.
É preciso encerrar o ciclo do relacionamento anterior antes de sequer imaginar-se em mais outro relacionamento. Não é justo com um novo alguém, que pode chegar preparado pra relacionar-se, assistir às cenas de uma separação, às mágoas estampadas em um olhar, às situações muitas que acontecem ao redor do fim de um namoro ou casamento. Muitos erram ao atropelar o tempo, sair de um casamento direto pra um namoro. Isso, muito possivelmente, destruirá a base desse novo amor, que deveria ser protegido em uma espécie de redoma de vidro. É o mesmo que atirar pedras em uma plantinha que mal despontou da terra.
O dia ficou esquisito, quase tão esquisito quanto a primeira noite longe de Divo Latívio. A sensação é de que os segundos estão dobrados, as horas não passam. De férias, já arrumei papéis, troquei o cartucho de tinta da impressora, encontrei blusas de lã no fundo do guarda-roupa e decidi lavá-las. Reguei plantas, paguei contas no banco, fiz limpeza de pele, conversei com uma amiga. E as horas deste dia não passam. Algo mudou, tudo mudou.
Não sabemos por que acontecem esses episódios em nossas vidas. O sonho de ter um par, a paixão, o amor, a esperança de ter com quem dividir os dias e o resto da vida, isso tudo pode acabar com uma discussão, com traumas de ambos, medos, insegurança e também com a falta da reflexão ao encerrar o relacionamento anterior, aquilo o que escrevi sobre o ciclo.
Não creio que tão cedo eu sequer pense em ter um novo amor, até porque estou voltada hoje pra minha família e, pouco a pouco, reaprendendo a estar sozinha sem ser solitária. Um bom aprendizado esse.
Vez ou outra, olho pela janela do meu quarto. Uma vista rara da cidade de São Paulo, posso mirar o horizonte sem muitos edifícios à frente do céu. Saudade de quando eu era criança e meu maior sonho era crescer e ser parecida com a Barbie. Cresci, não me pareço com a Barbie, mas construí uma vida sólida, cercada de pessoas que amo. Criei um filho, tenho uma carreira longa na área jurídica e atribuo tudo isso a Deus, que jamais me abandonou.
Os amores chegam e vão embora. Nem sempre deve ser assim, afinal toda panela tem a sua tampa. Um dia, quem sabe, eu encontre a minha. E você, que leu isso tudo, talvez tenha compreendido o quanto estou triste, mas a superação fala mais alto sempre!
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2 comentários:
Oie,acabou mesmo vc e o Divo?Que pena Diva!Escorpiões n são confiáveis.Aparecerá outro a sua altura.Beijinhos.
Sandrinha
Oi, Sandrinha!
Tudo é questão de adestramento. Divo está de castigo, até aprender a não morder a mão de sua dona. Acho que haverão muitos outros capítulos da novela Divo e Diva. Aguarde!
Obrigada pelo comentário, continue acompanhando o meu blog.
Beijo
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