Para onde irão os amores não realizados? Aqueles que foram sonhados, que inspiraram suspiros e pensamentos sem fim? Será que giram ao redor da Terra, esbarrando em estrelas? Será que mergulharam no fundo de algum oceano, que estão submersos em sal e esquecimento?
Para onde irão os sonhos sonhados, aqueles que foram interrompidos? Os sonhos abandonados, os sonhos arrancados? Feito plantinha sem água, terão esses sonhos secado, ou morrido sedentos para nunca mais ser?
O amor que corria nas veias, que pulsava e acalentava os minutos. Estarão os amores findos apenas adormecidos, esperando um sinal para acordar? Questões sem resposta, formuladas em momentos de pura reflexão.
A vida leva, a vida devolve, um vai e vem que lembra o anoitecer seguido do amanhecer. E a vida se renova, em contínua poesia. Olhar azul, derramado em puro mel. De verso em verso, dia após dia. Colorido sem fim. Para onde irá o amor irrealizado, apenas sonhado? Pra longe dos sentidos. Pra longe de mim.
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