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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







28 de jun. de 2012

ABÍLIO MANOEL, DOIS ANOS SEM VOCÊ...

Há tantos sábios dizeres populares. Volta e meia derramo algum dito popular em meus textos. Porém, há um desses sábios dizeres que considero verdadeiro, simples e objetivo: "quem não entende um simples olhar, não entenderá um longo discurso".
Sou absoluta e absurdamente discursiva. A palavra tem o poder de persuadir, cativar, magoar, encantar. Tantos sentimentos podem conter simples palavras! O olhar diz tudo sem ao menos ser proferida uma única palavra. Para bom entendedor, uma só olhadinha já basta.
E era assim o meu relacionamento com o Abílio Manoel, que não precisava escrever muitas palavras, falar muitas coisas, explicar nada. Empatia, identidade de almas, isso tínhamos tanto que nos tornamos mais que amigos, nós dois éramos irmãos com DNA diferente. Irmãos de coração!
A vida bate forte, bate de frente, às vezes consegue apunhalar pelas costas. Um dia, Abílio partiu repentinamente rumo ao infinito. Ele nos deixou, rumo às estrelas. Abílio me deixou, levado pela tão temerosa morte.
A amizade é rara, nem sempre todos aqueles que chamamos de amigos conseguem honrar esse laço afetivo. E eu sou amiga do Abílio, esteja esse meu amado irmão onde estiver agora.
Sinto saudade, às vezes choro quietinha pra que ninguém repare nas minhas lágrimas tristes. Fiquei muito mais ímpar, mais solitária, menos sorridente e brincalhona. Doeu e dói constantemente essa ausência inexplicável.
A vida não para, não sossega, o sol nasce e se esconde indiferente à dor humana. E eu sigo meus dias, de cabeça erguida, escrevendo textos no blog que ele me deu de presente. Mas, eu sei o quanto machuca a saudade de alguém que foi embora inerte, de modo inesperado, que não voltou de uma viagem breve, que se despediu dizendo até amanhã. Pra nunca mais, ou pra quem sabe um dia, na tal eternidade.

Abílio, dois anos longe e eu não aprendi ainda a conviver com a nossa despedida forçada. Um dia, meu querido irmãozinho, nós dois haveremos de nos reencontrar.

Cláudia ( Diva Latívia)

Deixo aqui um vídeo que, casualmente, encontrei no Youtube. Um admirador do trabalho do Abílio gravou esse vídeo. Catavento, uma das músicas do Abílio que mais gosto. 







2 comentários:

debora spadotto disse...

Nossa! Que música legal, hein!! Bj

Cláudia Cavalcanti disse...

Débora,

Sim, muito, mas muito legal mesmo! Se você quiser conhecer o trabalho do Abílio, dê uma olhadinha no Youtube. Tem muita coisa dele por lá. Uma pena, ele foi embora tão cedo... :-((((((

Obrigada pelo comentário.

Beijo