Despertei às 06h30, abri os olhos e notei que o dia já
estava claro. Bocejei e estiquei meu corpo, um alongamento gostoso que batizaram "espreguiçar". Espreguicei. Todos os dias acordo nesse mesmo horário e,
curiosamente, não preciso ser chamada pelo som agudo do despertador.
Tratei de apressar-me, fui ao banheiro, depois rumei para a
cozinha. Preparei o café, busquei o bolo de fubá que eu havia preparado na
véspera. Sentei-me à mesa e liguei o notebook. Entre um bocadinho de bolo e
outro, um gole de café e outro, descobri que hoje é feriado de Corpus Christi.
Foi então que compreendi o silêncio na cidade de São Paulo, a sensação de
calmaria proveniente da rua, geralmente movimentada, onde resido.
Acordar cedo em pleno feriado, que sina a minha! Não me
recordo quando dormi até tarde, deve fazer mais de cinco anos isso. Dentro da
minha cabeça tem um cuco maluco que me chama pontualmente às 06h30.
Cientistas devem ter alguma explicação pra isso. Pode ser feriado, final de
semana, dia frio, ou ensolarado. Enquanto quase todos dormem até às nove, ou dez da
manhã, eu perambulo pela casa, cuido de muitos afazeres. Em compensação, meu
expediente termina, no máximo, às onze da noite. Aí, mais uma vez, enquanto a
maioria das pessoas se diverte, assiste à TV, ou lê um livro, eu durmo
profundamente.
Difícil ser diferente,
mas há um ponto positivo nisso tudo: a maioria dos textos que produzi
foi escrita antes das oito horas da manhã. Textos fresquinhos, quentinhos,
um pãozinho saboroso que alimenta os sentidos de meus leitores.
Aos que já despertaram desejo bom dia. Aos dorminhocos
desejo bom sono.
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