A gente planeja a vida, chegam os dias e tudo se modifica. Sonhos se transformam em realidade e, às vezes, em pesadelo. Aos quarenta e nove anos, tornei-me uma senhora de meia-idade com o sorriso e os ideais jovens. Os recursos estéticos ajudam, a qualidade de vida também ajuda. Quantos anos será que aparento? Não sei dizer, mas acho que uns quarenta, no máximo. Uma jovem senhora que, até o começo deste ano, procurava incansavelmente um bom companheiro para dizer adeus à solidão.
Há um ano minha mãe faleceu. Um novo e triste episódio, após um ano e dois meses voltada para os cuidados com essa mulher que eu tanto amei. Quando chegou o final, eu estava esgotada. Mal pude descansar: inventariante, herdeira, precisei assumir responsabilidades novas e gigantescas. Minhas férias dediquei à toda a burocracia que cerca os fóruns, cartórios, advogados, previdência. O ano de 2010, prestes a terminar, foi muito duro pra mim.
Divorciada há muitos anos, o sonho que acalentava era o meu refúgio, uma luz em meio à aridez dos meus dias. Um homem que eu teimava em dizer: ele existe e vou encontrá-lo! Quantos desenganos sofri durante a busca incansável? Não sei calcular.
A lembrança triste que eu trago é dos dias de domingo. O aroma do almoço das casas vizinhas, o burburinho das famílias, a alegria. E eu sozinha, cheguei a preparar miojo no almoço diversas vezes. Sem ânimo pra cozinhar, triste, a saudade dos tempos em que eu era novinha e minha família sentava-se à mesa animada, reunida.
O meu pedido aos Céus era o seguinte: o meu companheiro. Um homem que tivesse amor à família e que eu pudesse novamente ter o meu lar, ter os almoços de domingo. Quando conheci o meu namorado, notei o jeito sério dele. Falava de todos os seus entes queridos com afeto e uma certa reverência. Ponto positivo pro meu doce candidato. Demorou meses pra decidir-se, mas eis que fui apresentada aos parentes. Um almoço de domingo cercada de várias pessoas, gente simples e decente. Mesa lotada, cadeiras que vieram da sala, da cozinha. Pratos deliciosos, comidinha caseira. O tempero? Amor, muito amor há entre eles. Fui recebida com o respeito e o carinho que tanto almejava. A solidão se desfez sob o olhar doce do meu par. Solidão, velha companheira, despeço-me de você e agradeço o valioso ensinamento que me ofertou: família, o que existe de mais belo e sagrado nesta vida!
Há um ano minha mãe faleceu. Um novo e triste episódio, após um ano e dois meses voltada para os cuidados com essa mulher que eu tanto amei. Quando chegou o final, eu estava esgotada. Mal pude descansar: inventariante, herdeira, precisei assumir responsabilidades novas e gigantescas. Minhas férias dediquei à toda a burocracia que cerca os fóruns, cartórios, advogados, previdência. O ano de 2010, prestes a terminar, foi muito duro pra mim.
Divorciada há muitos anos, o sonho que acalentava era o meu refúgio, uma luz em meio à aridez dos meus dias. Um homem que eu teimava em dizer: ele existe e vou encontrá-lo! Quantos desenganos sofri durante a busca incansável? Não sei calcular.
A lembrança triste que eu trago é dos dias de domingo. O aroma do almoço das casas vizinhas, o burburinho das famílias, a alegria. E eu sozinha, cheguei a preparar miojo no almoço diversas vezes. Sem ânimo pra cozinhar, triste, a saudade dos tempos em que eu era novinha e minha família sentava-se à mesa animada, reunida.
O meu pedido aos Céus era o seguinte: o meu companheiro. Um homem que tivesse amor à família e que eu pudesse novamente ter o meu lar, ter os almoços de domingo. Quando conheci o meu namorado, notei o jeito sério dele. Falava de todos os seus entes queridos com afeto e uma certa reverência. Ponto positivo pro meu doce candidato. Demorou meses pra decidir-se, mas eis que fui apresentada aos parentes. Um almoço de domingo cercada de várias pessoas, gente simples e decente. Mesa lotada, cadeiras que vieram da sala, da cozinha. Pratos deliciosos, comidinha caseira. O tempero? Amor, muito amor há entre eles. Fui recebida com o respeito e o carinho que tanto almejava. A solidão se desfez sob o olhar doce do meu par. Solidão, velha companheira, despeço-me de você e agradeço o valioso ensinamento que me ofertou: família, o que existe de mais belo e sagrado nesta vida!
3 comentários:
Concordo Diva. Família é um bem sagrado e que as vezes é tratado com tanta indiferença por alguns. Lá em casa, sentamos a mesa para as refeições, daí damos uma pincelada na familia toda, fulano fez isso, ciclano não fez, beltrano fugia com beltrana e não sei quem casou-se com a abandonada de beltrano...damos muita risada, desabafamos nosso stress, choramos nossas mágoas e rimos de nossas próprias vidas, tudo isso ao redor da mesa. Existe respeito, amor e união, minha família é uma benção e eu valorizo isso com o amor mais profundo do meu coração...
Lindo teu texto Diva, como sempre!
beijos
Que texto lindo.....
Acho que um dos mais lindos que já escreveu...dentre tantos...
Me emocionou demais ....vc sabe como sou chorona...e porque choro ao ler um texto maravilhoso como esse....
Beijos
Em um momento desse domingo maravilhoso, minha "sogrinha" me disse algo: a vida é assim, uns vêm, outros se vão.
Falávamos da brevidade da vida e também da transitoriedade de algumas pessoas em nossas vidas.
A Ísis é um presente de Deus pra mim. Amiga do Abílio, meu amigo amado que foi embora pro Céu. Foi ele quem nos apresentou. Foi-se, mas deixou dois legados valiosos: o blog Janela das Loucas e essa irmã que, pra mim, é muito amada.
Ísis, querida, te amo de todo meu coração. Sabe o quanto é importante pra mim esse HOMEM que é personagem de alguns textos. O meu "Divo Latívio". Amo todos vocês e começo a entender o que a Mami queria dizer com VIVER É CELEBRAR A VIDA.
Beijo e carinho da autora,
Cláu
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