Depois de uma noite mal dormida, picotada por um pesadelo
clássico e que, se caísse nos ouvidos de Freud se transformaria em longo
estudo, amanheci esquisita. Esquisito pode ser sinônimo de inexplicável, penso
assim. Amanheci inexplicável, do tamanho
da ausência daqueles que silenciaram, por um motivo, ou por outro. Jururu, melancólica. Admirei a serra, privilégio paulistano
daqueles que residem no 16º andar de um edifício na área central da
cidade. Meu olhar pousado no horizonte,
meu coração inquieto.
A mim falta com
quem dividir as alegrias e expectativas quanto ao blog, quem compreenda o que
escrevo e vibre na mesma sintonia, com o mesmo entusiasmo que procura abraçar o
olhar de leitores anônimos. Meu parceiro cibernético, meu webmaster e melhor
amigo ( Abílio Manoel) deixou essa lacuna ao partir pro infinito. Ausência física que, pra mim, até aqui, se traduz de modo insuperável e
insuportável. Não há quem dê palpites no
rascunho do que escrevi. Não há quem faça uma sugestão aqui, outra ali. Não há
quem me diga que errei de novo a concordância verbal. O blog cresce e aparece, na mesma proporção da saudade que sinto, da teimosia ao postar um novo texto. Passos solitários estes
meus. Logo passa, sempre passa.
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