
Ele tem jeito de bom moço. Usa óculos de grau, anda de chinelo quando está dentro de casa, dorme de pijama. Enfim, comportado e tímido. Porém, aos poucos comecei a conhecer seu jeito, suas manias. Em seu braço esquerdo há uma tatuagem: uma pantera negra. Curte som altíssimo: heavy metal. Já tinha concluído que, por detrás do ar pacato, havia ebulição. Foi então que ele resolveu me apresentar a “Bandida”. Um carro antigo, de coleção, uma Puma de cor preta, peças originais, imponente. Fui conduzida até à garagem. Lá estava ela estacionada, reluzente e cheia de si. Abriu a porta, notei o chaveiro de caveira. Sentei-me sem conseguir emitir uma só palavra, tamanha foi minha admiração. Ligou o motor: VRRRRRRRRRRRRUUUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMM!!!
Nada entendo de carros, muito menos de antiguidades raras, mas pareceu um terremoto. Aumentou o som, senti que eu estava em uma discoteca dos anos 70. E ele lá, jeitinho sério, calado, observando meu espanto, satisfeito com o resultado que obteve. Um príncipe encantado moderno, uma carruagem real digna de Diva Latívia.
Música de Raul Seixas para você, Bandida!
6 comentários:
A nós, leitores, sempre resta a pergunta. Será real ?
Real ou não,um lindo texto !!
E qual o problema se é real ou não??? Rsrsrs
Isso só interessa a nossa Diva !
Beijos
Mais do que real é fato! Puma GTB, segundo informou o proprietário do veículo estacionado na garagem...rsss...
Obrigada pelos comentários.
Nada que se compare a ruído de C-130... Levantando voo... Fugindo de bala... Mas, tudo bem... Gatinhos!!!... Puuufffff!!!...
Victor, meu amigo querido. Nada se compara à Bandida! Além de maravilhosa ela pertence a um gatão, não a um gatinho: o meu namorado. Pra ele o texto, com todo o meu carinho.
:-)
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