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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







8 de abr. de 2011

1 ANO DE BLOG!


Este blog está completando 1 ano. Dia 11 de abril de 2010, um domingo, estava em casa sozinha. Na época eu escrevia para o blog Janela das Loucas, do meu saudoso amigo Abílio Manoel. Há tempos eu tinha a intenção de ter o meu próprio blog, para escrever tudo aquilo o que desse na minha telha. O impulso, típico da autora que assina Diva Latívia, foi quase mágico. Em menos de uma hora eu já tinha escrito o primeiro texto e arriscava aprender toda essa parafernália que é a configuração de um blog. Dias depois, Abílio sempre amigo e generoso, arrumou o layout, consertou pequenos problemas e cá estamos, com mais de 12 mil acessos.
O primeiro texto que escrevi, talvez movida pela solidão daquele domingo, talvez por ser muito sensível e já estar sintonizando a proximidade de alguém ( Divo, que somente conheci meses depois), chegou ao meu teclado carregado de dor, ausência, desejo de virar a página.
Aqui está, mais uma vez, Errática e Gramática, meu primeiro texto neste blog. A você, leitor, leitora, obrigada por derramar seu olhar sobre meus textos.

Diva Latívia


ERRÁTICA E GRAMÁTICA

Quando ela se fartou decidiu dar fim a tantas reticências...
Entre vírgulas o chamou. Surgiu um ponto de interrogação.
Em negrito e letras maiúsculas proferiu seu ultimato: ele deveria definir-se.
Abriu aspas e pontuou as entrelinhas.
O travessão foi bem colocado entre uma frase e outra.
Incrédula, escutou uma exclamação, ele não queria ser cobrado.
Abriu parênteses e definiu os limites do relacionamento.
Buscou um adjetivo que traduzisse seu desapontamento.
Dor talvez fosse antônimo de amor.
Desligou o celular e, sem despedir-se, atirou o objeto direto na parede.
O sujeito, agora sem muitos predicados, silenciou.
Sentimento singular, ao seu lado na cama um espaço vazio.
Lembrou-se dos momentos plurais.
Conjugou o verbo chorar e, quando secou a última lágrima, colocou um ponto final.
Foi adeus.

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