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Hoje é quarta-feira, finalmente chegou a metade da semana. Dentro de dois dias, provavelmente, estarei mais feliz, afinal adoro a sexta-feira. Porém, apesar do meu dia estar lotado de compromissos urgentes, de muito trabalho que me espera, decidi atrasar um pouco meus passos e vir aqui, deixar mais um texto para os meus leitores.
A última noite passei em claro. Sim, estou acordada há mais de 24 horas. O motivo dessa insônia foi a noite mal dormida na casa que foi de minha mãe, que faleceu há pouco mais de um ano. Já faz quatro meses que pernoito na casa do meu namorado, aquele que chamo carinhosamente de Divo Latívio.
Difícil toda essa mudança que ocorre nos relacionamentos amorosos. Antigamente, as pessoas precisavam se casar pra poder dormir juntas. Hoje não é preciso sequer compromisso pra isso, pode ser algo casual, uma ficadinha. Tudo está valendo. No meu caso, há um namoro. Dormi aqui, na casa que foi da minha mãe, o endereço que é considerado meu domicílio, porque Divo e eu brigamos há dois dias. Uma briga besta, como toda briga assim o é. A discussão começou com uma bobagem e terminou com um caminhão de desaforos que despejei. Por fim, resolvi permanecer sozinha, para esfriar minha cabeça e sentir o que diz meu coração.
Logo cedo li o recado de um amigo no Facecoisa, ou Facebook se assim preferirem. Um desabafo, dizia estar sozinho, triste com a sucessão de encontros e desencontros amorosos que tem experimentado. Respondi como pude, afinal eu mesma já sofri bastante com essa falta de sincronia.
Tão fácil ter com quem dormir. Tão simples aparecer acompanhado de alguém. Difícil é ter consigo mesmo um compromisso de felicidade. Quem não se ama, não ama ninguém. Quem não está bem consigo mesmo, não consegue estar bem com seu par.
Há anos eu teimo em dizer que desejo voltar a me casar. Sou divorciada, casei apenas uma vez e já estava sozinha há anos. Divo, ao contrário de mim, era recém-separado quando nos conhecemos. Eu quero um dia me casar, ele não quer mais se casar. No máximo, oferecerá abrigo pra que eu carregue uma malinha pra casa dele. Esse vai e vem da malinha com uma muda de roupas já me cansou. Eu quero ter um lar. Quero uma sala de jantar, quero casar com festa, quero lua de mel. Quero tudo o que tive de bom um dia e muito mais: quero ser feliz!
Até que ponto é possível negociar um plano, um sonho de vida? É justo alguém fechar-se, dizer que nunca se casará, sendo que proporcionou isso pra outro alguém, com quem esteve casado? Pra quê ter um namoro sério se não há o desejo de casar-se?
E assim, com a dor do meu amigo estampada no e-mail que recebi, tentei ajudá-lo. Porém, estou cansada. São duas noites mal dormidas seguidas. Divo e eu estamos brigados. Relacionar-se só é fácil para os Anjos e eu não sou Anjo. Não sou. Minha felicidade não será negociada, não há acordo possível. Quero o meu lar.
A teoria do Zeca Pagodinho, deixa a vida me levar, deveria ser o lema de vida de quem busca o amor. A fome, sede, pressa de ter a tal da felicidade, coloca tudo a perder. Quando menos se espera, percebe-se que o muito que foi feito deu em nada. Que o coração aberto levou pancadas. E dormir de novo na velha casa da mamãe pode ser um tremendo pesadelo.
Viver pode ser fácil, pra quem é simples. Que o amor seja simples, sem medos, sem fantasmas, que chegue até onde deverá chegar. Ainda que o ponto final seja o dia de hoje, mas que seja belo e intenso sempre.
Termino o texto atrasada, o dia será uma correria. O coração está machucado, a cabeça zoadíssima pelas horas insones. Que passe logo esta quarta-feira, caro leitor.
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
27 de abr. de 2011
ENTRE FARPAS E BEIJOS
Hoje é quarta-feira, finalmente chegou a metade da semana. Dentro de dois dias, provavelmente, estarei mais feliz, afinal adoro a sexta-feira. Porém, apesar do meu dia estar lotado de compromissos urgentes, de muito trabalho que me espera, decidi atrasar um pouco meus passos e vir aqui, deixar mais um texto para os meus leitores.
A última noite passei em claro. Sim, estou acordada há mais de 24 horas. O motivo dessa insônia foi a noite mal dormida na casa que foi de minha mãe, que faleceu há pouco mais de um ano. Já faz quatro meses que pernoito na casa do meu namorado, aquele que chamo carinhosamente de Divo Latívio.
Difícil toda essa mudança que ocorre nos relacionamentos amorosos. Antigamente, as pessoas precisavam se casar pra poder dormir juntas. Hoje não é preciso sequer compromisso pra isso, pode ser algo casual, uma ficadinha. Tudo está valendo. No meu caso, há um namoro. Dormi aqui, na casa que foi da minha mãe, o endereço que é considerado meu domicílio, porque Divo e eu brigamos há dois dias. Uma briga besta, como toda briga assim o é. A discussão começou com uma bobagem e terminou com um caminhão de desaforos que despejei. Por fim, resolvi permanecer sozinha, para esfriar minha cabeça e sentir o que diz meu coração.
Logo cedo li o recado de um amigo no Facecoisa, ou Facebook se assim preferirem. Um desabafo, dizia estar sozinho, triste com a sucessão de encontros e desencontros amorosos que tem experimentado. Respondi como pude, afinal eu mesma já sofri bastante com essa falta de sincronia.
Tão fácil ter com quem dormir. Tão simples aparecer acompanhado de alguém. Difícil é ter consigo mesmo um compromisso de felicidade. Quem não se ama, não ama ninguém. Quem não está bem consigo mesmo, não consegue estar bem com seu par.
Há anos eu teimo em dizer que desejo voltar a me casar. Sou divorciada, casei apenas uma vez e já estava sozinha há anos. Divo, ao contrário de mim, era recém-separado quando nos conhecemos. Eu quero um dia me casar, ele não quer mais se casar. No máximo, oferecerá abrigo pra que eu carregue uma malinha pra casa dele. Esse vai e vem da malinha com uma muda de roupas já me cansou. Eu quero ter um lar. Quero uma sala de jantar, quero casar com festa, quero lua de mel. Quero tudo o que tive de bom um dia e muito mais: quero ser feliz!
Até que ponto é possível negociar um plano, um sonho de vida? É justo alguém fechar-se, dizer que nunca se casará, sendo que proporcionou isso pra outro alguém, com quem esteve casado? Pra quê ter um namoro sério se não há o desejo de casar-se?
E assim, com a dor do meu amigo estampada no e-mail que recebi, tentei ajudá-lo. Porém, estou cansada. São duas noites mal dormidas seguidas. Divo e eu estamos brigados. Relacionar-se só é fácil para os Anjos e eu não sou Anjo. Não sou. Minha felicidade não será negociada, não há acordo possível. Quero o meu lar.
A teoria do Zeca Pagodinho, deixa a vida me levar, deveria ser o lema de vida de quem busca o amor. A fome, sede, pressa de ter a tal da felicidade, coloca tudo a perder. Quando menos se espera, percebe-se que o muito que foi feito deu em nada. Que o coração aberto levou pancadas. E dormir de novo na velha casa da mamãe pode ser um tremendo pesadelo.
Viver pode ser fácil, pra quem é simples. Que o amor seja simples, sem medos, sem fantasmas, que chegue até onde deverá chegar. Ainda que o ponto final seja o dia de hoje, mas que seja belo e intenso sempre.
Termino o texto atrasada, o dia será uma correria. O coração está machucado, a cabeça zoadíssima pelas horas insones. Que passe logo esta quarta-feira, caro leitor.
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