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Tem gente que prefere ver um fantasma a aproximar-se de um blogueiro. A ideia é de que tudo pode transformar-se em “post”. O que dizer, então, a respeito de namorar um blogueiro ou uma blogueira? Momentos a sós, situações em dueto, alegrias, tristezas, briguinhas, tudo isso pode parar na internet. Uma das maiores “roubadas” que pode ocorrer pra quem se dedica a escrever em um blog é deixar-se levar pela emoção – boa ou má – do momento e mandar ver no teclado, depois clicar em “enviar”. Alguns dos meus textos mais populares foram assim escritos, sob o comando de momentâneos 7 pecados capitais, todos reunidos em dedos, com os quais digitei palavras, linhas, parágrafos. Sempre é possível arrepender-se, correr até as configurações do blog e deletar a postagem. Porém, tudo estará registrado no Papai Google, que abriga essa maçaroca que é o blog. Se já deletei alguma coisa? Claro que sim! Quem leu a tempo sabe disso.
Sou uma pretensa escritora. Sou uma pretensa escritora compulsiva. Jamais preparo um texto dias antes de publicá-lo. Pra ser mais precisa, jamais faço o rascunho de um texto. Feito comidinha boa e caseira, tudo o que crio é publicado imediatamente e o tempo dispensado nessa elaboração de uma crônica não ultrapassa 10 ou 15 minutos. Comecei a escrever esta postagem há exatos seis minutos. Calculem quanto tempo levarei para concluir a crônica (direi ao final).
Tem gente que imagina que ter um blog é ter uma casa com janelas de vidro, daquelas que possibilitam a visualização de todo o seu interior, um flagrante da intimidade de quem escreve. Esquecem-se, ou simplesmente ignoram, que existe a imaginação. Que a arte ( blog também é cultura) imita a vida. Posso lembrar de um episódio que aconteceu com um conhecido há trinta anos atrás e transformar em história atual, com detalhes tantos que o leitor e até eu mesma me identificarei com a narrativa.
De onde vem essa facilidade para escrever, desprovida de reverência, sem maquiagem, sem cerimônia? Um dom? O tema pode ser um prato cheio pra mim: relacionamentos amorosos. Meu coração, curado das feridas do passado, não esquece o lado divertido da busca que fiz, das décadas que demorei até encontrar meu parceiro de jornada. Não imagine você, leitor, leitora, que não existe um ônus, que não sou chamada à diretoria de vez em quando. Meu “Divo Latívio” é compreensivo, mas é homem. Homem costuma ser possessivo quando o assunto é a sua mulher. Falar do Brejo é metade do caminho pra ser pra lá enviada, ele não entende muito bem que minha criatividade independe de um cadastramento em um site de namoro. Há textos que foram muito elogiados pelos leitores, mas que custaram caro pra mim e pro meu relacionamento. Ciuminho à parte, nem sempre me deixo levar pela censura e mando ver no teclado.
Desde cedo comecei a escrever. As redações do colégio já faziam sucesso. Na adolescência precisei escolher minha profissão e, quando fui reprovada no vestibular para o curso de Jornalismo, escolhi minha segunda opção: Direito. Dizem que, para ser bem sucedido em sua profissão, é preciso escolher aquilo o que gosta de fazer. Não me tornei jornalista. Deduzam o restante da história.
De novo passou por mim a ideia anterior. De onde vem esse dom? Não posso deixar de mencionar Deus, afinal sem Ele eu não estaria aqui e nem vocês estariam aí. Mas, eu poderia ser atriz, eu poderia ser astróloga ou ser missionária enviada à alguma tribo africana. Tudo isso eu realizaria com primazia, pois também tenho o dom. Restou a escrita, no papel que tudo aceita. Hoje, de um jeito moderno, restou a escrita no teclado que tudo aceita. Falta apenas a inspiração, que tem falhado. Fica pendurada no trânsito da capital paulista, nas filas dos bancos, na correria contra o tempo. Ainda assim, tudo vira texto em dois blogs, feito um suco de frutas doces, com açúcar para agradar ao nosso paladar. Alimento, refresco, eis aqui mais um texto.
Acima eu disse que revelaria quanto tempo demorei para escrever esta crônica. De acordo com o meu relógio, demorei exatos 14 minutos. Suquinho rápido, uma laranjada de ideias pra vocês.
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
13 de abr. de 2011
LARANJADA DE IDEIAS EM 14 MINUTOS
Tem gente que prefere ver um fantasma a aproximar-se de um blogueiro. A ideia é de que tudo pode transformar-se em “post”. O que dizer, então, a respeito de namorar um blogueiro ou uma blogueira? Momentos a sós, situações em dueto, alegrias, tristezas, briguinhas, tudo isso pode parar na internet. Uma das maiores “roubadas” que pode ocorrer pra quem se dedica a escrever em um blog é deixar-se levar pela emoção – boa ou má – do momento e mandar ver no teclado, depois clicar em “enviar”. Alguns dos meus textos mais populares foram assim escritos, sob o comando de momentâneos 7 pecados capitais, todos reunidos em dedos, com os quais digitei palavras, linhas, parágrafos. Sempre é possível arrepender-se, correr até as configurações do blog e deletar a postagem. Porém, tudo estará registrado no Papai Google, que abriga essa maçaroca que é o blog. Se já deletei alguma coisa? Claro que sim! Quem leu a tempo sabe disso.
Sou uma pretensa escritora. Sou uma pretensa escritora compulsiva. Jamais preparo um texto dias antes de publicá-lo. Pra ser mais precisa, jamais faço o rascunho de um texto. Feito comidinha boa e caseira, tudo o que crio é publicado imediatamente e o tempo dispensado nessa elaboração de uma crônica não ultrapassa 10 ou 15 minutos. Comecei a escrever esta postagem há exatos seis minutos. Calculem quanto tempo levarei para concluir a crônica (direi ao final).
Tem gente que imagina que ter um blog é ter uma casa com janelas de vidro, daquelas que possibilitam a visualização de todo o seu interior, um flagrante da intimidade de quem escreve. Esquecem-se, ou simplesmente ignoram, que existe a imaginação. Que a arte ( blog também é cultura) imita a vida. Posso lembrar de um episódio que aconteceu com um conhecido há trinta anos atrás e transformar em história atual, com detalhes tantos que o leitor e até eu mesma me identificarei com a narrativa.
De onde vem essa facilidade para escrever, desprovida de reverência, sem maquiagem, sem cerimônia? Um dom? O tema pode ser um prato cheio pra mim: relacionamentos amorosos. Meu coração, curado das feridas do passado, não esquece o lado divertido da busca que fiz, das décadas que demorei até encontrar meu parceiro de jornada. Não imagine você, leitor, leitora, que não existe um ônus, que não sou chamada à diretoria de vez em quando. Meu “Divo Latívio” é compreensivo, mas é homem. Homem costuma ser possessivo quando o assunto é a sua mulher. Falar do Brejo é metade do caminho pra ser pra lá enviada, ele não entende muito bem que minha criatividade independe de um cadastramento em um site de namoro. Há textos que foram muito elogiados pelos leitores, mas que custaram caro pra mim e pro meu relacionamento. Ciuminho à parte, nem sempre me deixo levar pela censura e mando ver no teclado.
Desde cedo comecei a escrever. As redações do colégio já faziam sucesso. Na adolescência precisei escolher minha profissão e, quando fui reprovada no vestibular para o curso de Jornalismo, escolhi minha segunda opção: Direito. Dizem que, para ser bem sucedido em sua profissão, é preciso escolher aquilo o que gosta de fazer. Não me tornei jornalista. Deduzam o restante da história.
De novo passou por mim a ideia anterior. De onde vem esse dom? Não posso deixar de mencionar Deus, afinal sem Ele eu não estaria aqui e nem vocês estariam aí. Mas, eu poderia ser atriz, eu poderia ser astróloga ou ser missionária enviada à alguma tribo africana. Tudo isso eu realizaria com primazia, pois também tenho o dom. Restou a escrita, no papel que tudo aceita. Hoje, de um jeito moderno, restou a escrita no teclado que tudo aceita. Falta apenas a inspiração, que tem falhado. Fica pendurada no trânsito da capital paulista, nas filas dos bancos, na correria contra o tempo. Ainda assim, tudo vira texto em dois blogs, feito um suco de frutas doces, com açúcar para agradar ao nosso paladar. Alimento, refresco, eis aqui mais um texto.
Acima eu disse que revelaria quanto tempo demorei para escrever esta crônica. De acordo com o meu relógio, demorei exatos 14 minutos. Suquinho rápido, uma laranjada de ideias pra vocês.
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