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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







29 de abr. de 2011

LOGOFF E ETC...


Nos últimos tempos surgiram verbos que antigamente sequer imaginaríamos conhecer. Por exemplo, a palavra deletar. Apagar, esse o significado de deletar. Não ficou bom? Digam adeus após apertar o del. Tem a piada da loira que usava branquinho na tela do computador para apagar o texto incorreto. Injustiça isso, sou loira e não uso branquinho e nem borracha para apagar meus erros de digitação.
Muito já escutamos alguém dizer que deletou um contato no MSN, no Facebook, Orkut e outras paragens similares. A palavra é tão estranha que aqui, no meu notebook, o corretor de texto do Word insiste em deixá-la grifada. Um alerta: tá escrevendo errado, santa! Pois quem está errado é o corretor de texto! Existe sim, basta olhar o teclado, tem lá, no alto e à direita, uma tecla que diz o seguinte: delete.
Logar, essa é demais. Novamente está grifada pelo corretor. Já fez o seu login? E o seu logoff? Outro dia, em um papo entre colegas do meu trabalho, surgiu a ideia de alguém batizar seu cachorro com o nome Logoff. Bonitinho, não é mesmo? Posso imaginar a situação: Vem cá, Logoff! Deita, Logoff! Vamos passear, Logoff?
Caps Loc. Quem diria? Alguém já imaginou que necessitaria tanto assim desse recurso? Barra de ferramentas, barra de endereços. Insert, coloquem isso também na sua lista. Se baixaram o arquivo, cuidado com os vírus. Não os da gripe, aqueles dos hackers. Piratas! Invasores cibernéticos totalmente inescrupulosos.
Qual arquivo desejam salvar? Salve-se quem puder! Arroba, antes a palavra pesava bastante, agora está levinha assim:@. Já copiaram e colaram? Não esqueçam de fazer backup de tudo isso e também guardar em pastas, não aquelas de elástico. Adeus papel, viva a era digital.
Tudo vai muito bem, obrigada, até o momento em que o computador dá pau. Travou? Apertem alt+ctrl+del, cruzem os dedinhos. Não deu certo? Reiniciem o Windows! Não é esse seu sistema operacional? Não faz mal, de qualquer forma todo computador um dia acaba dando pau.
E, pra terminar, tem as fotos que tiramos aos montes com a câmera digital e mandamos pro computador. Não vale lançar mão do recurso milagroso do photoshop! As músicas, as tais mp3 que baixamos pra depois, talvez, escutar. Baixou, tem que gravar no pen-drive, senão a máquina transforma-se em uma espécie de bicicleta carregando um caminhão. Pesadíssima, sem espaço livre. E nada melhor que a liberdade para navegar por estes mares de dados, expostos no Google, encontrados no Facebook e narrados em um blog.
Antigamente as cartas eram todas manuscritas. Caligrafia caprichada, seladas, postadas nos correios, entregues pelo carteiro. Custavam tanto a chegar com notícias importantes, assuntos diversos. Esperar a carta da namorada, do namorado. Quanta expectativa! Lembrei da música cantada por Isaurinha Garcia, Mensagem. Um trecho diz o seguinte: "quando o carteiro chegou e meu nome gritou com uma carta na mão, ante surpresa tão rude, nem sei como pude chegar ao portão". Hoje, basta escrever um e-mail, apertar enter e lá se vai a mensagem. Não vale se arrepender depois. Enviou? Já foi. Pra isso não adianta muito a função deletar.
Despeço-me de todos com aquelas letrinhas afetuosas que costumamos ler nas mensagens carinhosas que recebemos: bjs!

Aqui a música cantada pela Isaurinha: Mensagem!

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