Tenho conversado com várias pessoas via e-mail e MSN. Sempre
o tema é: amor, esse alienígena sem manual de funcionamento. Alguns sofrem
porque o perderam. Outros, porque estão atravessando um problema no casamento, ou
namoro. Tem aquelas pessoas que estão recém-separadas e, de tanto receio de
repetir a dose, perdem a chance de ter o novo par. Há os solitários que tentam,
mas não encontram esse bicho do outro planeta. Enfim, um abismo de desencontros
sem fim.
Essa engenhoca complicada deveria ter um SAC, tal e qual as
geladeiras, os computadores e automóveis. Mas, somente a experiência de vida
pode nos ensinar a lidar com os vai-e-vem, os altos e baixos de um
relacionamento amoroso. Não importa o estado civil, ou o tipo de relacionamento
que alguém está vivendo. Nem se conheceu o par ontem ou há várias décadas. O
amor é pra quem se dispõe a amar de peito aberto e sem medo de altura ou de velocidade.
Acho que a grandiosidade desse sentimento é para os incautos, pra quem não anda
devagar. Pra quem derruba a melhor taça de cristal e ri, olhando os caquinhos espalhados
pelo chão.
Nem em versos amor
rima com distância. Tem que se fazer presente, para conjugar o verbo amar. Portanto,
aos que estão sofrendo a dor, desejo que não tenham calma, que não andem devagar.
Aos que encontraram o amor, desejo que jamais metam o pé no freio, especialmente,
quando o par engatar a primeira marcha. Jamais relaxem! O desleixo afastará
depressa o ser amado e resgatá-lo vai exigir demonstrações públicas de afeto.
Trabalheira danada! Mesmo sem um manual de instruções, espero que o aprendizado
aconteça até mesmo na ausência. Não existe a menor chance de alguém ser feliz
sozinho. Portanto, coragem e boa sorte! Vamos à luta porque no amor só não vale
a guerra!
Texto que publiquei há três anos no saudoso blog Janela das Loucas.
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