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Casamento. Essa palavra costuma gerar reações em temperaturas extremas: muito quentes ou muito frias. Este final de semana ensolarado, calor de quase 30ºC na cidade de São Paulo. Lá estávamos os dois, um par que se formou há alguns meses. Namoro mais ou menos assumido, amor declarado em prosa e versos, algumas briguinhas ocasionais e muita paixão em período integral. Porém, quem arrisca batizar o relacionamento com algum adjetivo? É namoro, mas um casal na faixa etária acima dos quarenta anos pode aparentar ser casado. Começou então uma série interminável de situações que podemos chamar de “saia justa”. No estacionamento, o manobrista me chamou de “esposa” do meu namorado. Nós dois nos olhamos sem graça, preferimos ouvir calados sem tecer qualquer comentário. Pra quê complicar?
Entramos na academia de ginástica, a intenção era conhecer o local. Quando pedimos informação sobre preços, a recepcionista sugeriu: - “ Pra vocês, que são casados, existe um plano com desconto especial”. Duas vezes em menos de quinze minutos, pareceu demais pra nós. Acho, fizemos cara de espanto, especialmente eu quando escutei a resposta dele: - “Ela é quase esposa”.
Passei o resto do dia matutando, tentando entender o que ele quis dizer com “quase esposa”. Sou namorada, então sou pra ele uma “quase esposa”? Ou estou pra receber uma promoção? Ah, ele estava de gozação comigo, era isso, tinha que ser.
Mais ou menos refeita dessas muitas emoções, decidimos buscar uns DVDs em uma vídeo-locadora. Precisamos fazer uma ficha de inscrição. Adivinhe só o que aconteceu de novo? A recepcionista da locadora parece ter combinado com a recepcionista da academia, que por sua vez tinha parte com o manobrista do estacionamento. Aquela foi a terceira vez no mesmo dia que vesti a saia justa: – “É sua esposa?”. E lá veio a resposta novamente:- “Não, mas é quase”. De tudo fiz pra não mais pensar nisso. Entretida com o filme, com o jantarzinho, mas já tramando um novo texto sobre o tema, fui dormir sem mais pensar no assunto. Quase é algo que não aconteceu por pouco. Por exemplo, bola na trave é um quase gol! Terei eu batido na trave?
Amanheceu um lindo dia de domingo, fomos juntinhos à igreja assistir à missa. O padre: - “Esta missa é dedicada a todos os casais, venham ao altar aqueles que querem renovar os votos matrimoniais”. Olhamos um pro outro, ambos tentando dissimular o desconforto da sina que nos afligia desde a véspera. O tema “casamento” nos perseguia. Quando fomos embora, na minha cabeça martelava a lembrança de algo que sempre acreditei muito: coincidências não existem!
Parei na banca de jornal, escolhi uma promoção: leve o jornal e a revista e pague R$9,90. A caminho do carro, resolvi dar uma olhadinha. Pois é, a revista Veja desta semana fala sobre o quanto pode ser bom casar-se, tudo em cor-de-rosa e com um casal de noivos na capa. O que será que está acontecendo? Será a conjunção dos astros ou Cupido resolveu voltar das longas férias?
Ah, Santo Antônio, meu santinho querido! Assim vamos assustar o quase marido, digo, o moço! Socorro! Alguém aí sabe explicar o que significa “quase esposa”?
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
22 de ago. de 2010
A QUASE ESPOSA
Casamento. Essa palavra costuma gerar reações em temperaturas extremas: muito quentes ou muito frias. Este final de semana ensolarado, calor de quase 30ºC na cidade de São Paulo. Lá estávamos os dois, um par que se formou há alguns meses. Namoro mais ou menos assumido, amor declarado em prosa e versos, algumas briguinhas ocasionais e muita paixão em período integral. Porém, quem arrisca batizar o relacionamento com algum adjetivo? É namoro, mas um casal na faixa etária acima dos quarenta anos pode aparentar ser casado. Começou então uma série interminável de situações que podemos chamar de “saia justa”. No estacionamento, o manobrista me chamou de “esposa” do meu namorado. Nós dois nos olhamos sem graça, preferimos ouvir calados sem tecer qualquer comentário. Pra quê complicar?
Entramos na academia de ginástica, a intenção era conhecer o local. Quando pedimos informação sobre preços, a recepcionista sugeriu: - “ Pra vocês, que são casados, existe um plano com desconto especial”. Duas vezes em menos de quinze minutos, pareceu demais pra nós. Acho, fizemos cara de espanto, especialmente eu quando escutei a resposta dele: - “Ela é quase esposa”.
Passei o resto do dia matutando, tentando entender o que ele quis dizer com “quase esposa”. Sou namorada, então sou pra ele uma “quase esposa”? Ou estou pra receber uma promoção? Ah, ele estava de gozação comigo, era isso, tinha que ser.
Mais ou menos refeita dessas muitas emoções, decidimos buscar uns DVDs em uma vídeo-locadora. Precisamos fazer uma ficha de inscrição. Adivinhe só o que aconteceu de novo? A recepcionista da locadora parece ter combinado com a recepcionista da academia, que por sua vez tinha parte com o manobrista do estacionamento. Aquela foi a terceira vez no mesmo dia que vesti a saia justa: – “É sua esposa?”. E lá veio a resposta novamente:- “Não, mas é quase”. De tudo fiz pra não mais pensar nisso. Entretida com o filme, com o jantarzinho, mas já tramando um novo texto sobre o tema, fui dormir sem mais pensar no assunto. Quase é algo que não aconteceu por pouco. Por exemplo, bola na trave é um quase gol! Terei eu batido na trave?
Amanheceu um lindo dia de domingo, fomos juntinhos à igreja assistir à missa. O padre: - “Esta missa é dedicada a todos os casais, venham ao altar aqueles que querem renovar os votos matrimoniais”. Olhamos um pro outro, ambos tentando dissimular o desconforto da sina que nos afligia desde a véspera. O tema “casamento” nos perseguia. Quando fomos embora, na minha cabeça martelava a lembrança de algo que sempre acreditei muito: coincidências não existem!
Parei na banca de jornal, escolhi uma promoção: leve o jornal e a revista e pague R$9,90. A caminho do carro, resolvi dar uma olhadinha. Pois é, a revista Veja desta semana fala sobre o quanto pode ser bom casar-se, tudo em cor-de-rosa e com um casal de noivos na capa. O que será que está acontecendo? Será a conjunção dos astros ou Cupido resolveu voltar das longas férias?
Ah, Santo Antônio, meu santinho querido! Assim vamos assustar o quase marido, digo, o moço! Socorro! Alguém aí sabe explicar o que significa “quase esposa”?
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