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Recebi, no Facebook, um convite para compartilhar uma mensagem bonita, que falava sobre o amor maternal, esse amor incondicional pelos filhos. Dizia ali que esta é a “semana dos filhos”. Não compartilhei a mensagem com os demais contatos, preferi assim.
Recostei-me na poltrona, meus pensamentos viajaram no tempo, há 25 anos mais precisamente. Viajei ao dia em que, com um pequeno pedaço de papel em mãos, li o que estava escrito em um teste de gravidez: positivo. Misto de êxtase e medo. Um filho comigo, meu, dentro de mim.
Dizia minha mãe que, desde o dia em que concebeu seus filhos, nunca mais adormeceu profundamente. Nunca mais almoçou sossegada. Nunca mais soube o que fosse ter paz no coração. Isso parecia cruel, mas ela dizia a verdade. Filho tira o sossego da gente, por maior que seja o amor, por mais bela que seja a maternidade.
Se o garoto atende o celular, a conversa é breve, ele não tem tempo. Se não atende o celular, fico inquieta, o que poderá ter ocorrido com ele? Se ele apresenta uma nova garota, imagino o quanto torço meu nariz, nenhuma mulher do planeta parece bonita o suficiente, inteligente o bastante ou capaz de fazer metade do que desejo de bom a ele. Se ele não apresenta uma nova garota, temo por sua ocasional solidão. Se ele fica resfriado, eu me preocupo. Se ele tem alergia. eu me preocupo. Se ele topa o dedinho, eu me preocupo. Se ele não almoça, eu me preocupo. Se ele sorri, meu coração se derrete. Se ele chora, meu coração se arrebenta.Tento adivinhar seus pensamentos. Tento esconder meus pensamentos. E eu, que há quase vinte e cinco anos pari meu filho, dou à luz diariamente o mesmo amor à primeira vista que me arrebatou: amor infinito, que não mede esforços, que nada espera senão que meu fruto vingue e siga toda a sua trajetória terrena de modo belo e justo.
Ser mãe tira o sono. Ser mãe é um desassossego. Esta semana não é a semana dos filhos. A vida toda é a vida dos filhos! Toda a vida, todos os dias, todas as semanas, todos os anos. Eternamente.
Para você, Gabriel. Instrumento da mais pura, bela e gratificante missão que recebi nesta vida: SER MÃE.
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
24 de ago. de 2011
FILHO, AMOR INCONDICIONAL
Recebi, no Facebook, um convite para compartilhar uma mensagem bonita, que falava sobre o amor maternal, esse amor incondicional pelos filhos. Dizia ali que esta é a “semana dos filhos”. Não compartilhei a mensagem com os demais contatos, preferi assim.
Recostei-me na poltrona, meus pensamentos viajaram no tempo, há 25 anos mais precisamente. Viajei ao dia em que, com um pequeno pedaço de papel em mãos, li o que estava escrito em um teste de gravidez: positivo. Misto de êxtase e medo. Um filho comigo, meu, dentro de mim.
Dizia minha mãe que, desde o dia em que concebeu seus filhos, nunca mais adormeceu profundamente. Nunca mais almoçou sossegada. Nunca mais soube o que fosse ter paz no coração. Isso parecia cruel, mas ela dizia a verdade. Filho tira o sossego da gente, por maior que seja o amor, por mais bela que seja a maternidade.
Se o garoto atende o celular, a conversa é breve, ele não tem tempo. Se não atende o celular, fico inquieta, o que poderá ter ocorrido com ele? Se ele apresenta uma nova garota, imagino o quanto torço meu nariz, nenhuma mulher do planeta parece bonita o suficiente, inteligente o bastante ou capaz de fazer metade do que desejo de bom a ele. Se ele não apresenta uma nova garota, temo por sua ocasional solidão. Se ele fica resfriado, eu me preocupo. Se ele tem alergia. eu me preocupo. Se ele topa o dedinho, eu me preocupo. Se ele não almoça, eu me preocupo. Se ele sorri, meu coração se derrete. Se ele chora, meu coração se arrebenta.Tento adivinhar seus pensamentos. Tento esconder meus pensamentos. E eu, que há quase vinte e cinco anos pari meu filho, dou à luz diariamente o mesmo amor à primeira vista que me arrebatou: amor infinito, que não mede esforços, que nada espera senão que meu fruto vingue e siga toda a sua trajetória terrena de modo belo e justo.
Ser mãe tira o sono. Ser mãe é um desassossego. Esta semana não é a semana dos filhos. A vida toda é a vida dos filhos! Toda a vida, todos os dias, todas as semanas, todos os anos. Eternamente.
Para você, Gabriel. Instrumento da mais pura, bela e gratificante missão que recebi nesta vida: SER MÃE.
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2 comentários:
Sinto isso mesmo pelo meu filho que esta a 4 anos na minha vida.
Ter um filho é uma experiência linda e incomparável.
Obrigada pelo seu comentário, Anônimo!
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