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Medo de barata? Medo. Nem sei se a denominação certa é essa, acho que eu tenho pavor, pânico, verdadeiro horror de barata. Tanto faz o tamanho, coloração, se está viva ou morta. Se voar, tanto pior, sou capaz de arremessar-me ao estilo alto ornamental sob alguma mesa. E grito, eu grito! Detalhe importante: tanto faz onde eu esteja, ou com quem eu esteja. É vexame garantido, gargalhadas certeiras. Um papelão assim causou uma ida ao consultório de uma psicóloga recentemente. Três sessões de terapia e eu começava a entender que minha mãe era a causadora dessa fobia que me assolava. A mamãe e o Tio Freud. Medo de barata ocasionado por alguma chinelada no traseiro, algum castigo trancada no quarto nos meus tempos de meninice. Respire fundo, deixe o ar suavemente penetrar em seus pulmões. Segure o ar durante três segundos e, calmamente, expire. O treino eu fiz durante semanas. Respire, segure, expire. Não há baratas. Baratas são nojentas, mas não picam. Que barata? Ter medo de barata é ridículo. Um mantra, isso era um mantra que eu repetia sem parar.
Tudo correu bem. Aliás, parece que as baratas souberam que eu estava armada, treinada para enfrentá-las com classe e equilíbrio. Misteriosamente, sumiram! Até que, em um final de semana fui convidada para viajar com Divo Latívio e sua família. Passeio bucólico, uma linda chácara no interior. E lá fui animadinha, fazendo planos românticos, imaginando o quanto seria bom descansar ao lado do meu amado. Primeiro dia, tudo correu conforme o imaginado. Segundo dia, após o almoço, resolvemos tirar uma sonequinha. Assim que me estiquei no sofá da sala, sem os velhos óculos de grau, vi um besouro na parede, a dois metros de mim. Parado, parecia agitar suas asas. Chamei Divo: -amor, está vendo aquele besouro? Ele voa? Divo a princípio ficou calado, mas chegou a levantar-se do sofá e examinou o inseto bem de perto. Na volta, trouxe pra mim os meus óculos. – Diva, dá uma olhadinha nesse besouro! Com os óculos na ponta do nariz, tudo o que consigo lembrar é que comecei a gritar por socorro. Gritei, corri pro lado que estava apontada, totalmente descontrolada. Esbarrei na futura sogra, que entrou na sala pra saber onde era o incêndio. Tropecei no cachorro labrador que estava dormecido e alheio a tudo. Fui parar junto à piscina, ainda descontrolada e gritando. Pois a barata saiu da sala e veio na minha direção. Precisa dizer o que fiz? Eu me joguei na piscina de roupa e tudo. Destruí a escova progressiva que tinha feito há dois dias, meus cabelos espetaram feito uma vassoura de piaçava. Aquela era uma barata voadora enorme! Outro vexame, tudo por culpa de Freud, de sua discípula que garantiu sucesso com seu método de exercícios respiratórios. Pois ela, a tal terapeuta, é quem deveria agora fazer esses tais exercícios: Dona Pissicóloga: respire lentamente contando até mil, segure o ar contando até mil e expire lentamente contando até mil! Os seus problemas vão desaparecer, todinhos eles!Quanto a Divo Latívio, bem poderia ter me salvado, matado aquele dragão, digo, aquela barata, porém preferiu não perder a piada. Já faz alguns meses, mas continuo zangada com ele. Fobia de barata? Ridículo, mas faz parte do meu show. Um show garantido, basta eu ver uma e saio correndo.
Aqui você encontrará temas ligados a comportamento, relacionamentos e cotidiano.
É proibida a reprodução não autorizada dos textos deste blog, de acordo com a Lei nº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
Apresentação
Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.
17 de ago. de 2011
MEDO DE BARATA!
Medo de barata? Medo. Nem sei se a denominação certa é essa, acho que eu tenho pavor, pânico, verdadeiro horror de barata. Tanto faz o tamanho, coloração, se está viva ou morta. Se voar, tanto pior, sou capaz de arremessar-me ao estilo alto ornamental sob alguma mesa. E grito, eu grito! Detalhe importante: tanto faz onde eu esteja, ou com quem eu esteja. É vexame garantido, gargalhadas certeiras. Um papelão assim causou uma ida ao consultório de uma psicóloga recentemente. Três sessões de terapia e eu começava a entender que minha mãe era a causadora dessa fobia que me assolava. A mamãe e o Tio Freud. Medo de barata ocasionado por alguma chinelada no traseiro, algum castigo trancada no quarto nos meus tempos de meninice. Respire fundo, deixe o ar suavemente penetrar em seus pulmões. Segure o ar durante três segundos e, calmamente, expire. O treino eu fiz durante semanas. Respire, segure, expire. Não há baratas. Baratas são nojentas, mas não picam. Que barata? Ter medo de barata é ridículo. Um mantra, isso era um mantra que eu repetia sem parar.
Tudo correu bem. Aliás, parece que as baratas souberam que eu estava armada, treinada para enfrentá-las com classe e equilíbrio. Misteriosamente, sumiram! Até que, em um final de semana fui convidada para viajar com Divo Latívio e sua família. Passeio bucólico, uma linda chácara no interior. E lá fui animadinha, fazendo planos românticos, imaginando o quanto seria bom descansar ao lado do meu amado. Primeiro dia, tudo correu conforme o imaginado. Segundo dia, após o almoço, resolvemos tirar uma sonequinha. Assim que me estiquei no sofá da sala, sem os velhos óculos de grau, vi um besouro na parede, a dois metros de mim. Parado, parecia agitar suas asas. Chamei Divo: -amor, está vendo aquele besouro? Ele voa? Divo a princípio ficou calado, mas chegou a levantar-se do sofá e examinou o inseto bem de perto. Na volta, trouxe pra mim os meus óculos. – Diva, dá uma olhadinha nesse besouro! Com os óculos na ponta do nariz, tudo o que consigo lembrar é que comecei a gritar por socorro. Gritei, corri pro lado que estava apontada, totalmente descontrolada. Esbarrei na futura sogra, que entrou na sala pra saber onde era o incêndio. Tropecei no cachorro labrador que estava dormecido e alheio a tudo. Fui parar junto à piscina, ainda descontrolada e gritando. Pois a barata saiu da sala e veio na minha direção. Precisa dizer o que fiz? Eu me joguei na piscina de roupa e tudo. Destruí a escova progressiva que tinha feito há dois dias, meus cabelos espetaram feito uma vassoura de piaçava. Aquela era uma barata voadora enorme! Outro vexame, tudo por culpa de Freud, de sua discípula que garantiu sucesso com seu método de exercícios respiratórios. Pois ela, a tal terapeuta, é quem deveria agora fazer esses tais exercícios: Dona Pissicóloga: respire lentamente contando até mil, segure o ar contando até mil e expire lentamente contando até mil! Os seus problemas vão desaparecer, todinhos eles!Quanto a Divo Latívio, bem poderia ter me salvado, matado aquele dragão, digo, aquela barata, porém preferiu não perder a piada. Já faz alguns meses, mas continuo zangada com ele. Fobia de barata? Ridículo, mas faz parte do meu show. Um show garantido, basta eu ver uma e saio correndo.
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2 comentários:
Eu tenho horrorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, postei minhas experiências com essas nojentas no meu blog tb!
Priscila,
A gente deveria ter medo de ladrão, medo de injustiça social, medo de políticos corruptos. Mas, cá entre nós, barata é um bicho muito nojento! Vou visitar seu blog.
Obrigada pelo ocmentário!
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