
Já fazia muitos anos que eles não se encontravam. A última lembrança que tinha era a porta da casa dele batendo atrás de si. Nunca mais se viram.
Quando ela foi ao seu encontro, tanto tempo depois, em uma fração de segundos toda a história passou, parecia um lindo filme em preto-e-branco.
O primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira noite, os finais de semana juntos, os primeiros planos.
O encanto foi interrompido quando ela o viu à distância, aproximando-se, onde marcaram o reencontro. O mesmo cenário de tantos anos atrás.
Lembrou-se da ausência inesperada. Isso intercalado com o sorriso dele, as palavras inesquecíveis que fizeram seu coração bater tão forte de felicidade. A briga que tiveram e o estampido da porta quase arrebentando.
Quando ele chegou a dois metros de distância, o sofrimento já tinha tomado conta do seu ser. Um mal-estar imenso a invadiu. A sintonia desapareceu, pairou no ar e se desfez nas primeiras frases que trocaram.
O coração parecia não bater. O sangue esfriou. Tudo o que conseguia lembrar era do adeus. O adeus. O adeus... A porta gritando ensurdecedora e ecoando em seus ouvidos.
O sorriso lindo se desfez. Enrugou a testa. Tornou-se formal.
Olhou-se no brilho dos olhos dele. E viu-se solitária e triste.
Era ele! Estavam a poucos centímetros um do outro! Mas ela não estava ali, tinha viajado ao passado. Na bagagem todas as lágrimas que chorou. E chorou... E chorou...
O adeus mora no infinito, onde somente as almas podem estar. Hoje, eles adormecem e se encontram em sonhos. Ali não há portas, apenas há prosa e versos. É lá que o amor se realiza, enfim, sem fim...
Um comentário:
Diva
Que texto Divino....
" O amor mora no infinito...
E é lá que o Amor se realiza...Enfim...sem fim....
Demais.....simplesmente amei!!!
Beijo
Postar um comentário