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Apresentação

Este blog nasceu no blog Janela das Loucas, onde assinava "Diva Latívia". Ali permaneci durante muito tempo, como autora principal das crônicas do blog. Redescobri que escrever é vital pra mim, guiada e editada por Abílio Manoel, cantor, compositor, cineasta e meu querido amigo. O Janela das Loucas não existe mais, Abílio foi embora pro Céu. Escrevo porque tenho esse dom divino, mas devo ao Abílio este blog, devo ao Abílio a saudade que me acompanha diariamente. Fiz e faço deste blog uma homenagem a aquele que se tornou meu irmão, de alma e coração. Aqui o tema é variado: cotidiano, relacionamentos e comportamento, em prosa e versos.







29 de abr. de 2010

O GRIFO, O RODO E AS ROSAS


Já notaram que eu só entro em confusão?
Trouxe trabalho pra casa, deixei pra tomar meu banho assim que terminasse e ia aproveitar pra lavar os cabelos. Estava já terminando quando ouvi um barulhinho meio assim: SHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH... Parecia barulho de panela de pressão! Saí andando pela casa (quarenta metros quadrados, o passeio foi curto).
Era a torneira do banheiro aberta e correndo água sem parar. Outro dia um colar de continhas arrebentou enquanto eu estava me penteando na frente do espelho. As continhas encaixaram naquela gradinha do ralo da pia. Está meio entupida por isso. Quis fechar a torneira, não fechava de jeito nenhum. Então fui até o registro. Emperrado. E a água começou a cair pelo chão e ir pro corredor. Parecia uma cachoeira.
Joguei todas as toalhas de banho que tinha, pra fazer uma barreira. E nada da torneira fechar ou do registro fechar também. Liguei na portaria. Subiu o porteiro, o Zé. Não sabia o que fazer. Chamou a síndica. Ela veio e tentou também fechar a torneira e o registro. Nem a pau! Não sei de onde surgiu um vizinho, que nunca vi mais gordo, e sugeriu uma ferramenta que acho que se chama grifo. E foi assim que o porteiro conseguiu fechar o registro.
Ia fechando a porta do apartamento, quando apareceu a vizinha do apartamento em frente. Ofereceu-me um buquê de rosas vermelhas. Ganhou do namorado, com quem vive brigando e, entre atirar as pobres flores no lixo e presentar-me, escolheu a segunda opção. Então éramos nós: o grifo, o rodo e as rosas.
Enfim, eu de noite com um rodo puxando água, sem poder tomar banho de chuveiro. Tomei banho de canequinha e me sequei com a única toalha de rosto que sobrou.
As coisas meio resolvidas, mas eu com medo que tudo voltasse a transbordar. Vim de novo ao computador. Conversei com uma amiga no Facebook e a conclusão que tiramos disso foi que é melhor eu arrumar logo um marido, mas não qualquer um! O cara tem que saber fazer pequenos reparos domésticos, ou nada feito!
(Texto de minha autoria, anteriormente publicado no blog Janela das Loucas).

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