No dia seguinte, despetalada. Restou o caule espinhoso, poucas pétalas resistiram intactas, espalharam-se pelo chão. Sem muito refletir, eu a recolhi e atirei-a no lixo. Depois, fiquei a pensar. Na vida tudo o que eu queria era plantar flores, ter um jardim de muitas formas e cores, filhos brincando ao redor. Um cãozinho com nome engraçado, fazendo folia de um jeito estabanado. No coração um amor masculino, certeiro, desses que atravessam décadas sob o clima que houver.
Voltei ao lixo, recolhi as pétalas. Guardei-as dentro do caderno onde escrevo meus textos e deixei pra mim mesma um bilhete, anotado com a caligrafia corrida, algo pra eu não esquecer: “sou a responsável pela minha felicidade, ainda nesta vida terei o sonho que sonhei”. Lindo sonho, na medida certa, cabe em cada pétala de rosa.
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